Imagine um mundo pós-apocalíptico. Errou se pensou em zumbis nele, mas acertou sobre ter monstros e não são aqueles que provavelmente chamaríamos de mortos-vivos ou aberrações da natureza. Somos nós, humanos..... Somos monstros por querer consumir deste planeta cada vez mais e mais e uma hora o preço é cobrado. Sem tempo, queremos consertar as coisas e fod#""()$ mais e mais. E se imaginas a sobrevivência mundo afora, se enganou de novo. Estamos morando em uma caixa de metal, em várias delas, que percorrem o mundo como um relógio. E com toda esta tragédia mundial, finalmente as diferenças ficaram de lado? PÉÉÉÉÉ, mais uma vez errado. Estamos divididos por classe sociais (ainda), mas desta vez são as caixas de metal que separa os afortunados dos menos sortudos. Incrível que o que me diferencia de você seja um monte de papel ou uma apunhalado de pedras (.....desabafo.....)..... Que filmasso do diretor e roteirista sul-coreano Bong Joon-ho que se inspirou em uma HQ francesa, a Le Transperceneige, de Jacques Lob e Jean-Marc Rochette! Que originalidade! Um mundo inteiro dentro de um trem, do qual em sua frente vivem os ricos e em sua "cauda' vivem os pobres, separados por uma longa distância de vagões. A Fotografia está excelente! O enredo é sobre as diferenças sociais, revolução e controle (sobre natalidade, comida, ciclo, etc.) e poucos decidem por muitos. Tudo escancarado de uma forma fictícia, mas que mesmo assim choca e revolta. E ainda temos uma certa teoria da conspiração sobre eventos da História Mundial com controle populacional. Uma história genial! Pena que não isenta de alguns erros perceptíveis. Joon-ho se preocupa em explicar como diferentes nacionalidades convivem juntas (se bem que a grande maioria fala inglês, of course), mas com o tempo esquece e parece que houve o episódio da Torre de Babel inversa: todos falam a mesma língua por mais que o som seja diferente. Ele também nos mostra cada vagão como uma parte "necessária" de nossas vidas consumistas, temos um restaurante japonês, açougue, dentista, sauna, piscina, aquário (sim!!!!!), danceteria, "quartinho do suingue", bares, horta, etc. O que faltou foi um dos principais, o vagão hospitalar ou farmacêutico.....ou seriam eles imunes até a uma gripe? E são mostrados ovos, mas e o galinheiro ou até mesmo um mini zoológico (daí explicaria a carne do açougue)? Se bem que eles transitam por diversos vagões sem que se mostre tal passagem, entonces pode ser que ficou para a imaginação do espectador, mas pergunto, em tão pouco tempo se atravessa "o mundo"?. E falando sobre comida e fugindo um pouco dos erros, lógico que todos os lugares não são para uso-fruto da "escória" e estes são apenas alimentados com uma barra de proteína que é feita de algo bem.....bom, digamos que Pimba e Pumba do O REI LEÃO (1995) ficariam orgulhosos..... E o ator Chris Evans mostra que não nasceu só para ser o Capitão América e sim um grande líder (espera, e o que seria o Capitão América?????.....). O elenco atua bem e contamos com nomes conhecidos (e eternos protagonistas) como John Hurt (já atuou em V DE VINGANÇA de 2005). E taí a origem do porque que os endinheirados são tão bestas em um futuro caótico.....Av Marys..... Algumas coisas também ficam sem explicação com uma cena no arco final da película e possui situações que não precisava. Uma ficção cheia de ação, violência e drama (a parte que o personagem do Evans senta e começa a desabafar é froid) e com uma mensagem fodástica que já vi em uma propaganda: a Natureza não precisa dos humanos, ela pode até "morrer", mas ela recicla. Já os humanos, não vivemos sem ela e se sobrevivemos ao "recall", qual seria o preço?...