"the funny games" é um soco no estomago, e a gente merece isso, ele de faz acreditar que vai ser só mais um daqueles filmezinhos de terror clichês, família vai pra casa afastada, tem um psicopata...não, aqui não, o ótimo diretor michael haneke quer que você apanhe, aqui veremos uma família ser torturada física e psicologicamente por nada, essa família é o nosso reflexo ao consumirmos porcarias, pois o filme é um paradoxo, ele realmente se trata como um filme, com direito a pausas e retrocessos de cenas, inclusive com a quebra da quarta parede,e quem está vendo esse filme? nós e a família. É uma critica genial, inclusive na cena mais importante do filme, o primeiro angulo da câmera é mostrar a TV suja de sangue, Haneke é muito simbólico, complexo e inteligente em sua critica, pois ele não quer apenas criticar para você se esquecer daqui a 1 semana, não, Haneke coloca cenas pesadas, embora não explicitas, mas elas não precisam ser explicitas, pois você não vai esquecer do filme tão cedo. Tecnicamente o filme é muito bom, com claras referencias a laranja mecanica, Haneke tenta construir o alexander delarge dos anos 90, ele não consegue, mas Peter é um personagem espetacular, ele quebra a quarta parede, ele manipula o filme, manipula peter e manipula a gente, alias, todas as atuações são ótimas, com uma fotografia extremamente limpa e uma trilha sonora sensacional, mostrando musicas clássicas e contraponto com Heavy Metal. Temos aqui um filme de qualidade notável, com um critica muito inteligente e tecnicamente muito eficaz, vale a pena levar esse soco no estômago.