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Phelipe V.
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204 críticas
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4,5
Enviada em 4 de agosto de 2013
Filme agoniante em que Steve McQueen já conseguia imprimir um estilo muito peculiar à narrativa. É interessante como, mesmo sendo um filme baseado em fatos reais, ele consiga criar uma atmosfera tão singular. E hipnotizante em mesma escala. O filme avança por quase meia hora sem que conheçamos o seu protagonista, o que se torna um acerto no fim das contas. A quebra de ritmo quando temos uma longuíssima cena-chave (e, por mais incrivel que pareça, essa é a única cena em que é possível entender o que se passa realmente no filme) pode causar um estranhamento, mas nada que não seja proposital. É tudo por causa da forma com que o diretor resolveu contar essa história, priorizando o que se é visto em tela, e não o que é ouvido. E é nessa interrupção da linguagem cinematográfica que o filme nos apresentou até então, que é possível notar pela primeira vez a atuação de seu ator principal, em close. E que performance do Fassbender... Enfim, o filme é foda.
"Hunger" conta a história real de homens que foram presos por crimes políticos. O governo retira o status de crimes políticos e começam a trata-los como presos normais, o que gera uma série de revoltas. O diretor estreante Stevie McQuenn faz um trabalho de direção impecável e de forte personalidade, ele imprime um clima de tensão as cenas, abusa de planos sem cortes e se destaca pelo contraste muito interessante entre a delicadeza do silêncio e os barulhos assustadores. O roteiro também é digno de elogios, ele é bastante econômico, mas totalmente eficiente. Em determinantes cenas, diálogos inspirados soltam com doses fortes de realidade, humor sombrio e grandes sacadas. O trabalho do elenco é impecável, destaque para o protagonista Michael Fassbender que faz um trabalho impressionante. O filme poderia ir por uma linha convencional, mas opta por um estilo mais impactante e surpriendente. O filme ganhou o prêmio "Câmera de Ouro", que premeia o melhor filme de diretor estreante, no festival de Cannes. Ele mostra que o lugar (a prisão) é um inferno não só para os presidiários, mas, também, para quem trabalha lá. O longa ainda aborda algumas questões políticas, familiares e certas ideologias.
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