Caminho para Guantanamo: Críticas

Um jovem descendente de paquistaneses, que mora na Inglaterra, parte para o Paquistão para se casar. Juntamente com ele vão 3 amigos. Lá eles decidem visitar o Afeganistão, poucos dias antes do início dos bombardeios americanos. Sem conseguir deixar o local, eles são presos e enviados para a prisão americana de Guantánamo, em Cuba. Lá passam por várias restrições, físicas e psicológicas, que têm por objetivo fazê-los admitir que pertencem a grupos terroristas. Michael Winterbottom é um diretor que costuma mesclar ficção e documentário em seus filmes, como forma de denunciar ao mundo uma situação ocorrida. "Bem-Vindo a Sarajevo" e "Neste Mundo" são exemplos neste sentido. "Caminho para Guantánamo" também segue esta linha. Baseado em relatos verídicos, o diretor busca recriar a trajetória dos jovens e sua passagem por Guantánamo como forma de criticar o modo de atuação americano no combate ao terrorismo, ao menos o utilizado na base militar. Chega a ser insólita a insistência nas acusações, baseadas em mentiras como declarações, páginas na internet e até mesmo fotos, seguidas pelas tentativas de inocentar a si próprio, através de declarações a serem assinadas pelos prisioneiros. Muito bom filme, que expõe um pouco da realidade mundial pós-11 de setembro.