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Marcelo S
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138 críticas
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3,0
Enviada em 18 de abril de 2017
Half Nelson, filme dirigido pelo até então estreante Ryan Fleck, ganhou uma nomeação ao Oscar de 2007 á melhor ator para Ryan Gosling. Assisti ao filme, e confesso que o achei um tanto quanto confuso, difícil... me deu a impressão de que o filme não consegue necessariamente passar uma mensagem. Aqui, temos Dan (Gosling) um professor de uma escola pobre do Brooklyn que vive desiludido com a vida e usa drogas como cocaína e outros, seus alunos em sua maioria são negros e ele ensina história á eles sem o auxílio de livros, fazendo-os usar a cabeça, ao mesmo tempo que treina as meninas da classe no time de basquete da escola. Uma dessas meninas é Drey (Shareeka Epps) que depois de um destes jogos de basquete, pega o seu professor se drogando no banheiro, dali surge uma amizade improvável entre os dois que passa por altos e baixos, envolvendo um amigo de Drey e uma antiga namorada de Dan, e uma atual peguete que leciona com ele na mesma escola.
O roteiro é bem estruturado, mas não se conecta com o passar do filme. Um dos motivos de Dan não largar o vício das drogas é sua antiga namorada que conseguiu se limpar e vem o visitar na cidade estando noiva agora, mas sua presença no longa é tão curta e insignificante que mal lembramos dela. O mesmo digo da família de Dan, totalmente sem contexto no filme, incluindo sua mãe, que não teve uma presença dramática convincente para Dan no pouco que apareceu no filme. Os alunos de Dan citam algumas passagens históricas que envolvem a luta pelos direitos civis americanos e até uma passagem chilena envolvendo Antonio Pinochet, que na época era apoiado pelo governo americano. Mas é totalmente desconexado com o filme, e me pergunto qual é o propósito de citar isso já que não influencia na história e não se encaixa no filme. A amizade entre Dan e Drey no começo do filme até que é bacana, mas depois fica sem rumo, o filme não passa exatamente porque eles continuam amigos, somente pelo fato de ele ser viciado e 'Frank' (Anthony Mackie) um dos amigos de Drey traficar drogas em saquinhos de balas e pirulitos. Quanto á interpretação de Gosling, é excelente e convincente em certas cenas, mas achei exagerado a indicação ao Oscar, pois não é uma atuação de gala para ser lembrado em uma premiação como o Oscar. O grande destaque do filme mesmo fica por conta de Shareeka Epps, que interpreta Drey, essa garota tem uma forte presença de cena e sabe fazer uma interpretação facial ótima, com seus olhares e trejeitos de uma garota que parece ser problemática pelo fato de ter problemas em casa com mãe e o pai que é ausente, mas que também é uma garota que se sente livre e á vontade quando está na escola e em companhia do professor Dan (!!!
Tinha grandes expectativas com o filme, mas me desapontei um pouco por ver que os roteiristas não pareciam saber que mensagem passar com o filme, realmente ele tem uma narrativa um tanto confusa, e é difícil você se prender á história, pois antes de 1 hora de filme, você já está se perguntando se falta muito para acabar.
O filme "Half Nelson" mostra um professor de História que procura desenvolver um espírito crítico e de cidadania em seus alunos, do nível secundário, valorizando discussões atuais e contextualizadas , em detrimento de um currículo programático estanque. Porém, sofre de uma angústia muito grande como ser humano em seu dia-a-dia, em sua vida pessoal, pois é viciado em crack, numa evasão de sua angústia e dor existencial/solidão. Por isso vive um dilema:como posso ensinar os meus alunos a tentarem fazer uma sociedade melhor, se eu tenho problemas com drogas e alimento o tráfico? Como posso defender princípios de ética, cidadania, direitos civis e humanos, com esse meu víco, que começa a influenciar no meu desempenho como educador? Excelente filme. Reflexivo. Ganhou vários prêmios em diveros festivais. Ryan Gosling concorreu ao Oscar de melhor ator em 2006 (ele está excelente). Um filme duro, forte, de difícil digestão, sem happy end clássico, mas necessário para pensarmos a respeito de dilemas que afligem qualquer ser humano e qualquer socidade.
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