Sem espaços e aqui acaba-se o ódio com Adam Sandler, que filme: h t t p s : / / rezenhando . wordpress . com /2017/12/06/rezenha-critica-reine-sobre-mim-2007/
Desde que este filme foi para as locadoras em meados de 2007 fico naquela de assisto ou não assisto e há dez anos procrastinei este momento. Sempre a capa me chamou atenção, tanto que meu projeto pessoal (em breve divulgarei aqui) será baseado nela e depois que acabei de assistir este filme com um “leve suor” escorrendo pelos olhos fiquei me perguntando porque não assisti antes. Incrível como estes atores que são subestimados por gente chata da crítica (me incluo nessa) surpreendem quando saem da sua nuvem de conforto, vide Os Meyerowitz (confira crítica aqui) e Walter Mitty (confira crítica aqui), exemplos que pude ter o privilégio de “rezenhar” por aqui. Confiram a “rezenha” crítica de Reine Sobre Mim e desmitifiquem esta neura com o coitado do Adam Sandler ksksksks.
Reine Sobre Mim mergulha em um dos maiores traumas estadunidenses, o onze de setembro, é baseado na história de um homem chamado Charlie Fineman que perde sua família toda na tragédia, a mulher e suas filhas. O peso em cima do personagem é desumano e o impacto desta tragédia é evidente na vida de Charlie, só que ao reencontrar um velho amigo, George Johnson, ambos começam a se ajudar de alguma forma.
O filme não centraliza apenas em Fineman como em Johnson também, um dentista casado e com família mas que reclama da falta de aventuras na vida e a monotonia que a vida de casado traz. Ele encontra um Fineman o reflexo do queria ser, um homem livre para beber e sair para aonde quiser e a hora que bem quiser, entretanto a jogada de mestre muito bem dirigida e roteirizada está na instabilidade de Fineman e as situações de conflitos com Johnson quando tenta de alguma forma adentrar mais afundo na relação de amizade.
Com o desenvolvimento você vai chega a ficar meio receoso com o rumo que ambos tomam sem nenhuma perspectiva de melhora, entretanto em dado momento quando finalmente a amizade começa a contribuir com a vida de ambos o filme toma uma guinada linda e com um desfecho incrível quando Fineman finalmente resolve falar sem surtar, estes surtos inclusive colaboram para um momento dramático do filme.
O elenco é bastante conhecido contando com Liv Tyler e Donald Sutherland como suporte, inclusive o Donald como Juiz aparecendo poucos minutos impôs respeito na atuação, muito boa.
A trilha sonora também emociona, mesmo porque Fineman anda pra lá e pra cá com um fone de ouvido e seu Ipod em cima de um patinete, então volta e meia é uma oportunidade para ele colocar uma música que casa bem com a cena, vida a que mais toca do Pearl Jam, cover do The Who com o nome do filme, fora esta as demais são tão bem escolhidas que as baixei para ouvir.
Me emocionou, foi melhor do que esperava, não apenas pela situação de Fineman e todo o peso que seu personagem carregava, mas pela importância da amizade nestas horas, para os dois lados da moeda, as benesses que uma amizade verdadeira traz só pode ser contada por quem realmente tem um amigo de verdade e assistindo o filme você sente isso, a nota só não é mais alta porque no ponto alto da obra cometeu o mesmo erro que Aftermath (confiram crítica aqui) em não explorar melhor o que o personagem principal sofria ao expor tudo para fora.
Iria assistir de novo? Sim.
Minha nota é 4/5.