Não confundam "PREMONIÇÕES", com "PREMONIÇÃO 1 e 2", estes últimos infinitamente superiores ao primeiro. No caso deste filme estrelado pela namoradinha da América, sra. Sandra Bullock, a melhor premonição seria a não se dirigir à sala de cinema para assistir a uma sucessão de eventos que servem apenas para aviltar a inteligência do espectador. Sandra Bullock está na pele de Linda, uma dona de casa, mãe de duas lindas filhas, que recebe a visita inesperada de um policial informando a morte de seu esposo (Julian McMahon, em péssima atuação). Quando Linda acorda, no dia seguinte, eis que o seu esposo está "vivinho da silva" dormindo ao seu lado. Aí começa um autêntico pingue-pongue: a narrativa vai para frente e para trás, deixando o espectador confuso. Nunca se sabe ao certo em que ponto a trama vai se iniciar a partir do momento em que Linda acorda. Ora futuro, ora passado. Carece de inteligibilidade vermos a cena de um atendimento psiquiátrico no início, prescrevendo carbonato de lítio (o portador de transtorno bipolar deve ser o diretor, Mennan Yapo), para o remédio desaparecer miraculosamente no dia seguinte. A coisa é de fato muito, mas muito confusa mesmo. É claro que aqueles que idolatram certos cultos espirituais conseguem achar algum sentido nesta viagem interminável, repleta de incongruências. Só eles mesmos, mais ninguém. O epílogo do filme consegue ser a parte apoteótica - no mau sentido, é claro -, de uma falta de bom senso nunca vista anteriormente em Hollywood. Quem fica com a cara de tacho, cheia de lesões faciais, não é somente a filha de Linda, mas o pobre coitado do espectador que for assistir a este lixo.