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    El Topo
    Média
    3,1
    15 notas
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    Marcel Aoki
    Marcel Aoki

    14 seguidores 55 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 19 de maio de 2021
    Minha opinião:

    O filme ficou famoso quando John Lennon o assistiu e exigiu que a Apple comprasse seus direitos para exibi-lo para um público maior.

    Jodorowsky foi colocado em um pedestal como um gênio incompreendido.

    O diretor e a obra tornaram-se cult e com o carimbo dos intelectuais da época.

    Jodorowsky é um personagem muito interessante e ele é o ator principal na obra.

    Algumas atitudes dele hoje seriam impossíveis,. como a morte de 300 coelhos e diz a lenda que ele mesmo os matou. Seria um escândalo! A turma da lacração mundial faria um boicote ao filme, exigiriam a prisão imediata do diretor.

    Eu posso ver a Greta Thunberg chorando e gritando na internet e na CNN.

    Como a intelectualidade e os "gênios" são diferentes dos anos 70 para os dias de hoje.

    Se importam mais com as mentiras e personagens, com animais do que com pessoas passando fome e morando nas ruas.

    Mentiras são ditas e tomadas como verdades absolutas, simplesmente porque um influencer disse no youtube.

    Sim, aqueles imbecis que não produzem nada de qualidade, ligam uma câmera fazem palhaçadas ou cagam regras e repetem o que as pessoas querem ouvir e ...sucesso!

    Como o mundo mudou para pior, triste.

    Voltando a película, imagino com todo respeito que John o assistiu sobe o efeito de drogas e deve ter se matado de rir. Sim, algumas drogas como maconha fazem isso.

    Nessa época ele usava muito LSD, como nunca tomei, só posso imaginar que a viagem foi incrível.

    E quando um beatle diz e chama algo de genial, todos na época dizem amém.

    O filme é bem grotesco, com atuações cômicas, com uma produção com baixo orçamento, algo que qualquer turma de estudantes fariam nos dias de hoje. Estou falando das filmagens e "efeitos " especiais.

    O roteiro é cheio de simbolismos esotéricos e religiosos e isso só é compreendido para os iniciados nesses assuntos.

    Para esse público, talvez seja melhor ver mais de uma vez.

    Para o público em geral, alguns bons goles de bebida alcoólica devem bastar para uma tarde ou noite de diversão.

    Sim, é um filme que pode ser visto de duas maneiras e isso é raro.

    Você decide quer rir? Bebida ou drogas.

    Você quer entender o que o diretor quis dizer com cada cena e detalhe? Assista com paciência e sem usar nenhuma substância que tire sua concentração e racionalidade.

    O que eu achei?

    Diferente, interessante, cansativo.

    Meu blog - https://marcelaokicinema.blogspot.com/
    Anderson  G.
    Anderson G.

    1.304 seguidores 370 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 22 de novembro de 2018
    “El topo” o segundo filme do cultuado diretor Chileno Alejandro Jodorowsky traz ao telespectador um western místico com surrealismo e metáforas religiosas, mas deveras interessante, muito bem dirigindo, hipnótico e cativante, mesmo com seu ar meio misterioso. Alejandro Jodorowsky separa seu roteiro em partes com alusões a trechos da bíblia, e parte dai para o pé inicial de sua jornada, isso mesmo, sua jornada, visto que o protagonista chamado El Topo é interpretado pelo próprio diretor, além disso, seu roteiro parece claramente ser muito pessoal, como se Jodorowsky quisesse contar um pouco de sua jornada, visto que o diretor é conhecido nos ciclos de ocultismo e magia além de ser um estudioso da teologia, porem, Jodorowsky leva essa demonstração ao extremo, com sangue, sexo, violência, drama e comedia. “El Topo” tem seus três atos muito bem marcados e diferentes entre si, o que ajuda no ritmo do longa, visto que filmes assim mais artísticos e subjetivos tem um ritmo complicado, “El Topo” vai na contramão disso, o filme passa rápido, pois prende a atenção do telespectador, e quando terminamos, parece que se passou 4 horas, mas não pelo ritmo lento, mas sim pelo excesso de informação e historia que assistimos em apenas duas horas de filme, esse é um grande mérito do longa, seu ritmo perfeito.
    “A toupeira, animal que escava para procurar a luz, e com ela fica cega.” , Essa frase dita no início é a única ajuda intelectual que temos para compreender o filme, tal frase também explica, de maneira simples a jornada de nosso protagonista, uma jornada messiânica de um homem sagrado que faz milagres enquanto realiza a justiça e busca conhecimento através de guardiões que representam filosofias e religiões, e o mesmo trapaceia para supera-los atingindo assim o conhecimento profundo, mas não pleno que acaba por cobrar suas dividas mais tardes, além de alegorias que brincam com diversas religiões e filosofias o filme contem um teor humano e de sensibilidade muito forte, eu não tenho capacidade, talvez poucos tenham ,de explicar por completo a obra de Jodorowsky. Um filme riquíssimo de sentido e detalhes, sensações e metáforas.
    Tecnicamente, Jodorowsky conduz seu western de maneira excelente, com claras inspirações em Sergio Leone, Jodorowsky não deixa nada a desejar em seu faroeste que aqui, fugindo do tradicional se passa no velho oeste mexicano e não americano, e mesmo isso nunca sendo explicito, os fãs do bom western reparam nos detalhes do faroeste criado por Jodorowsky, um faroeste que é extremamente místico e solitário, nos sentimos mal vendo aquelas belas paisagens, é como se algo estivesse errado, é a construção do cenário, o uso dos planos abertos utilizados a todos momentos para demonstrar a grandiosidade do nada, um ambiente quase inóspito e cruel ao ser humano, um ambiente feito para milagres acontecerem e segredos serem descobertos, o uso da câmera é perfeito, além do maravilhoso figurino, ótimas trilhas sonoras que são a cara dos anos 70, aquela melodia meio sádica que complementa bem a nossa jornada, além claro, das boas atuações, principalmente de Jodorowsky como “El topo” a onde percebemos que o ator tem profundo conhecimento sobre seu personagem, ele mal atua, apenas vive seu personagem, com suas sutilizas e trejeitos, vale um destaque também a Mara Lorenzio.
    Alejandro Jodorowsky é um grande diretor de cinema e apaixonado pelo que faz, o diretor fez praticamente sozinho a parte técnica e artística do filme, deste figurino, trilha sonora, roteiro, atuação e mais...É fácil afirmar que “El topo” não é um filme fácil e muito menos perfeito, peca principalmente em seu excesso de subjetividade, mas mesmo assim, mesmo tirando suas subjetividade, sua historia pode ser compreendida e entendida, não é fácil, é verdade, mas é possível, “El topo” é um filme que tem paixão e sentimento, um deleite aos fãs do gênero e apreciadores de cinema, e imagino, um deleite maior aos estudiosos da religião e curiosos que queiram desvendar suas virtudes impregnadas por Alejandro Jodorowsky.
    Birovisky
    Birovisky

    217 seguidores 196 críticas Seguir usuário

    3,0
    Enviada em 7 de junho de 2018
    Como falaram abaixo uma ejaculação metafórica: h t t p s : / / rezenhando . wordpress . com /2018/06/07/rezenha-critica-el-topo-1970/

    Um dos filmes que melhor trabalhou de forma evidente a desconstrução de um protagonista e sua redenção no segundo ato. El Topo é apresentado como um justiceiro e defensor dos oprimidos, vide o garoto que carrega consigo no começo, mas que como um ser humano rendeu-se às tentações carnais e da ambição pelo poder. Nessa transição do primeiro para o segundo ato temos a total desconstrução do homem bom em alguém que faz de tudo para se dar bem na vida. Um filme quase mudo que fala mais do que se tivessem infinitas falas.

    Um faroeste de excelente qualidade , fugindo de alguns clichês e acrescentando cenas aparentemente sem nexo, aparentemente. Quando o pistoleiro parte contra os melhores pistoleiros do deserto, e lá apesar dos métodos que utiliza para vencer descobre no final que é um nada, essa frustração interior é deveras surpreendente naquele momento.

    El Topo é a ejaculação interminável da metáfora. Tinha tudo para ser ruim, mas sua contra cultura o torna no mínimo inesquecível. Chacinas, um estupro real, alejados sendo alvejados sem dó e nem piedade, uma roleta russa sendo feita em uma igreja católica com uma pegada illuminati, um garoto de no máximo oito anos andando nu em um cavalo com El Topo, muitos seios e sexo entre uma anã e El Topo, hoje essa obra jamais teria saído do papel, mas estas alegorias chocantes são apenas um chamariz a proposta que El Topo transmite aos mais atentos.

    O justiceiro viajante nada mais é que um Jesus Cristo cético sem grife, que mesmo após seus sacrifícios a humanidade não se conscientiza do que é certo ou errado, apenas segue o que a sociedade impõe. Mostra o narcisismo, o sacrifício, a vingança, o arrependimento e por fim a auto-imolação como protesto.

    A fotografia é algo que vem do artista plástico (mesmo caso de David Lynch) e no mínimo duas ou três cenas permearão para sempre na cabeça de quem assistir, a lagoa com sangue envolta a centenas de coelhos mortos, a mulher enforcada em uma árvore gigante, a cabra estripada e crucificada em um edifício que está em ruínas, dentre muitas outras cenas que não estão lá de graça.

    Pontos negativos apenas para alguns efeitos práticos e cortes propositais mal executados, mas não menos importante em uma época que não existiam efeitos especiais.

    Em sua viagem pelo deserto o Pistoleiro procura sua iluminação, e cabe ao espectador, em meio a tantos simbolismos, encontrar algo de edificante para si, todos nós pelo menos uma vez na vida deveríamos fazer alguma peregrinação.

    O homem que sai de um estado de virgindade espiritual para um mundo brutal e desumano onde prevalece a cegueira de regimes ditatoriais e religiosos, de misticismos, onde não existe unidade familiar e compaixão.

    Iria assistir de novo? Sim, com certeza!

    Minha nota é 3/5.
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