O documentário DOPS: Uma Arqueologia da Violência, dirigido por Sânzio Cânfora, investiga o funcionamento do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), um símbolo da repressão durante a ditadura militar no Brasil. Criado na década de 1920 para vigiar grevistas e intelectuais de esquerda, o DOPS tornou-se o principal instrumento de repressão durante o regime militar (1964-1985). O filme explora os abusos desse órgão através de documentos e relatos de ex-presos políticos da década de 1970, além de destacar a visita da CPI do Sistema Carcerário ao prédio em 1997. Ao abordar a relação do DOPS com o Departamento dos Estados Unidos pelo Desenvolvimento Internacional (USAID), o documentário promove uma reflexão crítica sobre a violência policial e a disputa narrativa entre defensores do DOPS e denunciantes das violações de Direitos Humanos ocorridas no local. Através dessa análise, o filme busca reforçar a importância da memória crítica sobre o período.