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    No Lugar da Outra
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    3,2
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    Adriano Côrtes Santos
    Adriano Côrtes Santos

    723 seguidores 692 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 30 de novembro de 2024
    Indicado pelo Chile ao Oscar de Filme Internacional de 2025 e destaque no Festival de San Sebastián de 2024, No Lugar da Outra, dirigido por Maite Alberdi, é um drama inspirado em um caso real ocorrido nos anos 1950. A obra resgata a chocante história de María Carolina Geel, escritora que, em 1955, assassinou seu amante, Roberto Pumarino Valenzuela, em um hotel de luxo em Santiago. Após o crime, Geel bebeu o sangue da vítima, mas os motivos que a levaram a essa ação nunca foram esclarecidos. Pressionada por manifestações femininas, a autora foi liberada após cumprir mais de 500 dias de prisão.

    O filme se destaca por observar essa história a partir da perspectiva de Mercedes (Elisa Zulueta), uma secretária do juiz encarregado do caso. Mercedes é uma mulher comum, presa às expectativas sociais de seu tempo. No trabalho, enfrenta o machismo e o "mansplaining" de seus colegas, enquanto em casa sofre com o comportamento abusivo de seu marido, Efraín, um fotógrafo egocêntrico, e com os filhos, que pouco a ajudam. Sua vida ganha novos contornos ao visitar o apartamento de María Carolina Geel (Francisca Lewin), onde ela descobre uma vida marcada por luxo e liberdade, completamente distinta da sua. Fascinada, Mercedes começa a se apropriar simbolicamente desse universo: veste-se com as roupas da escritora, perfuma-se com seus frascos e lê seus livros. Essa convivência imaginária transforma Mercedes, despertando nela o desejo por independência e autonomia.

    No Lugar da Outra é um filme profundamente feminista, que explora a sororidade e a luta por emancipação feminina em uma época em que as mulheres eram relegadas ao silêncio e à submissão. A obra é enriquecida por uma excelente reconstituição de época, atuações memoráveis e momentos de humor refinado, que contrastam com o peso do tema. A trilha sonora também merece destaque, contribuindo para a atmosfera envolvente e melancólica do longa.

    O filme não apenas narra a história de Geel, mas também oferece uma reflexão universal sobre os papéis de gênero e as estruturas opressivas que persistem até hoje. Alberdi conduz a narrativa com sensibilidade e inteligência, transformando uma tragédia histórica em um manifesto delicado pela liberdade feminina.
    Dra Silvia Moreira Pires
    Dra Silvia Moreira Pires

    6 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 31 de outubro de 2024
    Excelente! Filme sensível e sutil. Brilhante a abordagem sobre a vida pacata da secretária e não do crime em si. Infelizmente não é para o grande público que pede por ações, violência e sexo. Sensacional!
    Luiz Luz
    Luiz Luz

    1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 18 de outubro de 2024
    Excelente produção chilena de uma história real. Na metade do início do filme quem for esperto vai perceber do que se trata a história bem peculiar. Muito bom!
    Diogo Codiceira
    Diogo Codiceira

    4 seguidores 223 críticas Seguir usuário

    3,5
    Enviada em 15 de outubro de 2024
    Filme chileno com boas possibilidade de ser indicado a melhor filme estrangeiro no oscar de 2025. Na trama,a diretora chilena Maite Alberdi, no leva a Santiago, na década de 1950, na qual a opressão feminina era gritante e com isso, a mesma busca realizar uma narrativa que mistura a ficção com um caso real. O caso real trata-se do assassinato cometido pela escritora María Carolina Gell com relação ao seu namorado. O caso é bastante controverso, mas o filme se atenta em sua parte fictícia, na qual a personagem Mercedes ( Elisa Zulueta) passa a se interessar. Basicamente, Mercedes começa a querer viver a vida da escritora que agora estava presa. A medida que Mercedes se envolve mais sobre o caso, mais mergulhada fica na vida de María. O filme aborda a jornada simbólica de María e de principalmente de Mercedes no quesito opressão e a emancipação feminina, traçando em paralelo a luta internas das duas personagens. Ao colocar Mercedes em contato com o "mundo" de María, cria-se uma metáfora a respeito das limitações impostas às mulheres em uma sociedade machista. O filme não cai no óbvio, pelo fato de Mercedes não apenas buscar se vestir como a escritora, e sim na busca pela seu próprio espaço, como na verdade sempre desejou ser. Merece destaque a atuação sutil e comovente de Elisa Zulueta. E destacar também que tal luta ainda continua na sociedade atual.
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