Graham Yost fala sobre as mudanças na adaptação dos romances de Hugh Howey para a série da Apple TV+.
O showrunner de Silo, Graham Yost, tem um grande pedido para os fãs da série pós-apocalíptica da Apple TV: que não leiam os livros de Hugh Howey nos quais ela se baseia. Pelo menos, por enquanto. O motivo: essa é uma série de mistério e eles estão desvendando-a pouco a pouco. A leitura dos romances trará as respostas e estragará a exibição.
Uma posição que talvez algumas pessoas não compartilhem, mas que resume perfeitamente a maneira de Yost fazer adaptações para a TV. Não é à toa que ele foi bastante premiado e aclamado por outra adaptação, a fantástica Justified, da FX.
A verdade é que Silo está sendo mais uma expansão da história criada por Howey do que uma adaptação precisa. Falando ao The Hollywood Reporter, o roteirista descreve os livros como “uma grande caixa de histórias” da qual é possível extrai ideias para desenvolver.
Ele dá um exemplo claro: no livro Wool – o primeiro da trilogia –, o namorado de Juliette quase não é mencionado. Na primeira temporada da série, o destino dele é o fio condutor. “[O personagem] era só uma linha. Foi como como se disséssemos: ‘vamos usar isso como motor para a temporada’. O que aconteceu com George?”, declara.
E esse é apenas um exemplo das muitas mudanças e modificações que Yost afirma ter feito. Para ele, a chave de tudo isso está em amar o material original e a partir daí trabalhar para adaptá-lo de forma eficaz.
Respostas garantidas
Isso também mantém o mistério em torno dos Silos e tudo o que eles implicam. Por isso, o showrunner diz: “Compre exemplares dos livros, mas não os leia ainda”. Ele até brinca que geralmente tenta dizer isso com Howey ao lado. O autor dos livros é produtor executivo da série, então, ao que tudo indica, ele está completamente satisfeito com o trabalho de Yost.
Da mesma forma, quanto mais a série avança, mais cresce o número de perguntas sobre seus mistérios. Sobre isso, Yost garante que os fãs encontrarão as respostas para todos eles.
“Há muitos cálculos envolvidos. Minha promessa ao público é que, se conseguirmos fazer a série inteira, responderemos a todas as respostas da melhor forma possível. Isso não significa que seremos perfeitos. Não significa que vamos deixar a bola cair e dizer: ‘Droga, nunca explicamos isso’. Mas esse é o nosso objetivo.”
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