A primeira temporada de Round 6 foi um grande sucesso na Netflix. Enquanto aguardamos a estreia da segunda temporada, confira algumas verdades e mentiras sobre a série sul-coreana.
Não é preciso dizer que Round 6 entrou para a história da Netflix, pois mesmo aqueles que não estão em contato com o universo das séries sul-coreanas, tiveram a atenção fisgada por essa produção desenvolvida por Hwang Dong-hyuk, que envolve drama, ação, questões sociais e, principalmente, jogos de sobrevivência.
Já sabemos que Round 6 retorna para uma segunda temporada no dia 26 de dezembro de 2024 no catálogo da Netflix (confira o trailer acima) – e que, segundo seu criador, será diferente e terá jogos mais intrigantes. Também haverá uma terceira (e última) temporada.
Mas, enquanto aguardamos sua estreia na plataforma de streaming, confira algumas curiosidades e informações sobre a primeira temporada, que trouxe consigo algumas teorias, especulações e diversos rumores. O que é verdade e o que não é na série Round 6?
1. Round 6 é baseado em uma história real
FALSO ❌
Há muitos elementos plausíveis em Round 6, mas, em nenhum caso, o que é contado nele vem de um evento real. O que é real é o jogo que dá nome à série (Squid Game, ou “Jogo da Lula”, em português), que é uma competição infantil muito popular na Coreia há várias décadas.
O mesmo vale para os outros jogos e, de fato, muitos deles são bem conhecidos, como “Red Light, Green Light” (ou Batatinha Frita 123), o Cabo de Guerra e, é claro, as bolinhas de gude.
Outra questão real na série é o que o seu criador quis refletir nela: “[O final de Round 6] foi minha forma de transmitir a mensagem de que não devemos deixar-nos levar pelo funcionamento competitivo da sociedade, mas que devemos começar a pensar sobre quem criou o sistema e se existe algum potencial em nós para dar a volta por cima e enfrentá-lo”.
2. A boneca de Batatinha Frita 123 realmente existe
VERDADEIRO ✔️
A boneca gigante do primeiro jogo de Round 6 é real e pertence a um vilarejo na Coreia do Sul. Ela foi emprestada para as filmagens da série e seu local habitual é o condado rural de Jincheon, uma pequena cidade a cerca de três horas de Seul. Lá, ela é a guardiã de um museu de carruagens de cavalos chamado Macha Land.
3. O idealizador demorou mais de 10 anos para realizar o projeto
VERDADEIRO ✔️
Agora convertida em um sucesso, os anos que Hwang Dong-hyuk levou para ver seu projeto finalmente se tornar realidade certamente valeram a pena. A história de Round 6 remonta a 2008, quando o cineasta coreano diz ter desenvolvido o primeiro roteiro, enquanto passava por uma situação financeira ruim e logo após duas leituras que o marcaram e inspiraram muito: Liar Game e Kaiji.
Porém, como ele mesmo explicou em 2021, a série passou por uma sucessão de recusas: “Nós ouvimos que a série era muito estranha e irrealista. Fomos rejeitados por todos os potenciais investidores e atores. [Em 2009] havia muito desconhecimento social e cultural com esse tipo de produção. Por causa disso, ouvimos que o roteiro era irrealista, muitas vezes”.
Apesar de todas as rejeições recebidas, o diretor nunca pensou em desistir. E, com as plataformas de streaming, como a Netflix, começaram a ganhar força, isso alimentou o sonho do diretor:
“10 anos depois, as plataformas de streaming apareceram e a lacuna entre ricos e pobres começou a se tornar ainda maior. A ideia de ter sucesso ganhando dinheiro rápido também se tornou mais idealizada. A combinação de ambos os casos e a sinergia que foi criada entre os dois é que deu vida a esta produção.”
4. A série é um plágio do filme As the Gods Will
FALSO ❌
As acusações não duraram muito, nem ganharam muita força, porque rapidamente se demonstrou que Round 6 não era plágio. Mas a verdade é que, pouco depois de sua estreia, começou a circular uma comparação visual apresentando as semelhanças entre uma parte da série e o filme japonês As the Gods Will, de 2014.
Mas Dong-hyuk começou a trabalhar na série muito antes, especificamente em 2008, como observamos acima. O próprio criador abordou o assunto numa apresentação da série: “É verdade que o primeiro jogo é parecido, mas depois disso não há mais semelhanças”.
“Trabalhei em Round 6 desde 2008 e 2009 e, naquela época, eu já havia determinado que o primeiro jogo era Red Light, Green Light. Reivindicar minha propriedade intelectual sobre essa história não é algo que eu queira fazer. Mas se eu tiver que dizer isso, direi que fui o primeiro a fazê-la.”
5. O primeiro nome de Squid Game era outro
VERDADEIRO ✔️
Quando a Netflix anunciou pela primeira vez que a série sul-coreana sobre jogos de sobrevivência estava em andamento, o projeto não se chamava “Squid Game”. Na verdade, em setembro de 2019, seu título era “Round Six” (como continuou sendo o nome da série no Brasil).
6. Round 6 seria um filme
VERDADEIRO ✔️
Quando o projeto foi levado adiante pela Netflix, inicialmente, não tinha sido planejado como uma série, mas sim como um filme. Foi o que o próprio criador explicou em uma entrevista à Variety, embora isso não seja realmente surpreendente, considerando que a formação de Hwang foi principalmente em cinema.
7. O personagem Gi-hun é inspirado em pessoas reais
VERDADEIRO ✔️
Como mencionado acima, Round 6 não é inspirado em eventos reais, mas outro de seus principais elementos que tem a ver com a realidade é seu personagem principal, Seong Gi-hun. Quando Hwang criou o protagonista, segundo ele mesmo, o fez pensando nos trabalhadores que organizaram a greve trabalhista contra a montadora sul-coreana SsangYong Motor em 2009, como resultado das demissões massivas que ocorriam naquele momento.
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