Séries novas para maratonar: Depois de desistir das 11 temporadas de The Walking Dead, finalmente encontrei o melhor spin-off da franquia
Maria Santos
Maria Clara decidiu estudar audiovisual para juntar o melhor de todos os mundos. Apaixonada pelo cinema independente e também pelos famosos filmes da sessão da tarde, não dispensa indicações e nem julga um filme pela sinopse.

Baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman, The Walking Dead se encerrou em 2021 com sua 11ª temporada.

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O ano é 2012, e você dividindo seu tempo para acompanhar as novas temporadas de Game of Thrones e The Walking Dead, ou pelo menos discutindo avidamente qual dessas séries é a melhor. Tudo isso para, anos depois, descobrir que as duas séries iriam te decepcionar em algum momento.

Esse provavelmente é um dos maiores empecilhos quando falamos de adaptações seriadas. Você tem plena consciência de que, em algum momento, um ponto importante ou essencial da obra original passará despercebido pelos produtores; seus personagens favoritos terão um destino um pouco diferente ou, em certa altura, a história parecerá um looping infinito dos mesmos conflitos e resoluções.

Pelo menos foi isso que me fez desistir de The Walking Dead durante a 9ª temporada, com a ausência de Rick Grimes e a introdução dos novos antagonistas, os Whisperers, ou como é conhecido no Brasil, os Sussurradores. Talvez tenha sido uma péssima escolha parar de assistir bem na reta final da produção, quando finalmente tivemos um respiro do personagem de Andrew Lincoln.

A introdução de um salto no tempo, uma trama que faria os grupos sobreviventes realmente pensarem em se unir para derrotar os Sussurradores, que usavam os walkers a seu favor, certamente era uma abordagem muito atrativa para quem há anos acompanhava a rotina de andarilhos do grupo de Rick. Mas minha escolha foi parar e abandonar a produção, até encontrar Tales of The Walking Dead seis anos depois.

O spin-off que me fez voltar a assistir The Walking Dead

Os incontáveis spin-offs de The Walking Dead começaram a surgir ainda com a produção original em andamento, e com Robert Kirkman produzindo a todo vapor as sequências de seus quadrinhos. Ou seja, ainda havia conteúdo suficiente para a AMC adaptar para as telas e engatar novos personagens, ou fazer com que aqueles que, em algum momento, se afastaram da série principal ganhassem seu próprio núcleo de desenvolvimento.

Foi uma jogada inteligente da emissora para aproveitar a popularidade e audiência de TWD, mas parecia que ainda não era o suficiente para algumas pessoas voltarem a acompanhar a produção da mesma forma que nos anos anteriores — pelo menos, não para mim.

The Walking Dead "precisa do seu próprio final", defende showrunner diante dos novos spin-offs

É certo dizer que a AMC apostou em tudo e mais um pouco. Tivemos uma trama focada nas crianças criadas no pós-apocalipse. Fear The Walking Dead ficou até 2023 como uma ponte para introduzir novos personagens entre as outras séries, sendo um trampolim para participações especiais.

Uma série para explorar a estranha parceria entre Negan (Jeffrey Dean Morgan) e Maggie (Lauren Cohan), que possuem muita "roupa suja para lavar". A volta de Rick e Michonne (Danai Gurira); uma série para finalmente entender melhor quem é Daryl Dixon (Norman Reedus) ; e, finalmente, Tales of The Walking Dead, que não estava interessado em falar necessariamente sobre o núcleo principal da série original, o que era exatamente o que a franquia precisava.

Qual o enredo de Tales of The Walking Dead?

Com apenas uma temporada, a série perfaz rápidas histórias de sobreviventes antes, durante e depois do apocalipse, sem uma linha temporal fixa ou conexão entre os episódios. Não é necessário compreender os conflitos das outras produções, Tales busca explorar o apocalipse de forma criativa, com direito a viagens no tempo, romances e, claro, muitos questionamentos morais.

Por trás da criação estão Scott M. Gimple e Channing Powell, criadores e roteiristas das outras produções do universo The Walking Dead. Mas, evitando seguir a fórmula já pronta de suas outras produções, eles utilizam a série para introduzir não só novas narrativas, mas também uma produção artística bem explorada, com uma linguagem que vinha escapando das outras séries.

Existe apenas um personagem original vivo de The Walking Dead que ainda não tem seu próprio spin-off

Apesar de trazer pontos de vista ainda desconhecidos desse novo mundo distópico — desde uma mulher em negação sobre a gravidade da situação com os mortos até um cientista tentando estudar os padrões de comportamento deles —, Tales of The Walking Dead também aproveita para contar os bastidores de alguns personagens já conhecidos, como, por exemplo, a origem da líder dos Sussurradores, Alpha (Samantha Morton).

Embora misture histórias novas e antigas, a produção se preocupa em fechar seus episódios de forma satisfatória; não ficamos à mercê de mais uma temporada ou série, sendo uma ótima opção para quem procura séries novas para maratonar.

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