Anúncios em streaming foram mais que uma experiência: Prime Video anuncia que vai aumentar seus espaços publicitários
Maria Santos
Maria Clara decidiu estudar audiovisual para juntar o melhor de todos os mundos. Apaixonada pelo cinema independente e também pelos famosos filmes da sessão da tarde, não dispensa indicações e nem julga um filme pela sinopse.

Streaming da Amazon Prime irá apresentar novos planos de serviço até 2025.

No último ano, muitos assinantes de streaming foram pegos de surpresa com o aumento de preços nas principais plataformas e até mesmo com o fim do compartilhamento de senhas. Parece que o pesadelo não acabou por aí! Dessa vez, chegou a hora do Prime Video informar as suas próprias mudanças.

Atualmente, o streaming disponibiliza importantes títulos em seu catálogo, como O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, Fallout, Fleabag e The Boys. Além disso, recebe os principais filmes que estavam em cartaz no cinema, como Oppenheimer e Rivais.

O que irá acontecer no Prime Video?

Não é a primeira, nem será a última: as propagandas estão se tornando comuns nas plataformas de streaming. Antes, o recurso era considerado um tabu entre os clientes que pagam pelo serviço, mas a estratégia de abrir novos planos, com valores mais caros e sem publicidade, estão transformando os anúncios em uma nova moeda para as plataformas.

O Prime Video afirma, segundo o Financial Times, que não detectou queda no número de assinaturas desde que começou a incluir publicidade no serviço há oito meses. Muito semelhante ao que comentou a Netflix, que não detectou cancelamentos de contas desde que iniciou a política de aumento de preços, cancelamento de contas compartilhadas e inclusão de publicidade em sua programação.

Dessa forma, Kelly Day, vice-presidente da Prime Video International, responsável pela expansão global da marca, disse à imprensa que a plataforma aumentaria os espaços publicitários a partir de 2025. Atualmente, os anúncios aparecem no início dos filmes e também interrompem filmes e séries, em dois ou três blocos, em alguns países.

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Day afirma que a carga de anúncios, até agora, tem sido deliberadamente "muito leve", destacando que houve uma "entrada suave na publicidade, que superou as expectativas dos clientes em relação a como seria a experiência publicitária."

Ao todo, são 200 milhões de pessoas assistindo a anúncios. Esse é o número que a Amazon divulga globalmente, embora, como sabemos, haja suas particularidades: nem todos os clientes de uma conta Amazon Prime — onde são vendidos produtos variados, desde alimentos até moda —, que inclui o serviço Prime Video, são necessariamente espectadores da plataforma, embora potencialmente tenham acesso a ela.

Mas é esse o valor que a empresa comunica aos seus anunciantes como o potencial público-alvo das publicidades, sendo metade deles nos Estados Unidos. Embora o Prime Video esteja confiante de que, no futuro, mais pessoas pagarão os 1,95 euros — ou 11,69 reais, convertendo para o Brasil — para remover os anúncios (uma alternativa disponível desde abril), a plataforma também está aumentando a sofisticação dos anúncios.

Em breve, poderemos ver formatos de publicidade interativos e "compráveis" no Prime Video: os espectadores poderão adicionar um item ao carrinho da Amazon ou saber mais sobre as marcas, sem precisar sair do serviço de streaming. Com a loja integrada ao seu negócio, é óbvio que a Amazon pode tirar uma vantagem extraordinária dessas capacidades.

A primeira plataforma a experimentar esse tipo de aumento de preços camuflado foi a Netflix (uma vez que, ao contrário do Prime Video, a Netflix enfatiza os planos sem anúncios), e o desempenho não foi ruim. Antes disso, o Disney+ ou Max já incluíam diretamente publicidade. Todas mudaram suas tarifas no início do ano, sendo o Prime Video o que mais resistiu à inclusão de anúncios.

No entanto, os negócios não devem estar indo mal: a Netflix tem mais assinantes do que nunca, e a Amazon anunciou receitas publicitárias de 12,8 bilhões de dólares no segundo trimestre de 2024. Portanto, é claro que a publicidade veio para ficar.

No momento, o valor mais barato do Amazon Prime, que inclui Prime Video, Kindle, Amazon Music, entre outros, é de R$19,90 ao mês, com o último reajuste feito em abril. O valor poderá sofrer alterações já em 2025 com as novas atualizações da plataforma de streaming.

*Conteúdo Global do AdoroCinema

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