Os filmes do Harry Potter, do pior ao melhor

Para comemorar os 40 anos de Harry Potter, o AdoroCinema fez o ranking oficial dos filmes da saga.

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Harry Potter fez 40 anos! Calma, não estamos falando de Daniel Radcliffe nem de quanto tempo o bruxinho foi criado por J.K. Rowling. No dia 31 de julho, na ficção, é celebrado o aniversário do Menino que Sobreviveu. Nascido em 1980, ele completaria 4 décadas de vida em 2020.

Talvez você o conheça como arquiinimigo de Voldemort (Ralph Fiennes), ou como o famoso estudante de Hogwarts, membro da Grifinória, melhor amigo de Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), marido de Gina Weasley (Bonnie Wright), pai de Alvo Severo, Lily Luna e Tiago Sirius.

De qualquer forma, o que importa é que o personagem conquistou o coração de milhares de leitores e espectadores mundo afora. Pessoas que, até hoje, sonham em receber sua carta de Hogwarts. Com seus sete livros, oito filmes, parque temático e uma franquia spin-off, Harry Potter marcou gerações. 

Portanto, pra celebrar a data, o AdoroCinema fez um ranking de todos os filmes da saga, do pior ao melhor. Juntamos as listas pessoais de cada um da redação e fizemos uma média. Confira abaixo e conte para a gente: quais são os melhores e os piores filmes no seu ranking pessoal?

8) Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Apesar da eficácia em mostrar que Hogwarts agora possui um clima muito mais denso e dificuldades consideravelmente mais intensas (mérito da boa direção de David Yates), Harry Potter e o Enigma do Príncipe acaba pecando na execução de replicar justamente os momentos mais empolgantes do livro no qual é baseado, como por exemplo as memórias da família de Tom Riddle e o clima entre Harry e Gina, que nunca conseguiram ter a química necessária para um bom casal nas adaptações. No entanto, ainda podemos elogiar não só a direção, mas também o bom trabalho de fotografia e os sensíveis momentos entre Potter e Dumbledore: a morte deste último foi marcante no nível correto. — Ygor Palopoli

7) Harry Potter e a Ordem da Fênix

Harry Potter e a Ordem da Fênix colocou a franquia sob a ótica da interferência governamental na escola e a negação de que o "inimigo" (no caso, Voldemort) tenha voltado para assombrar o mundo bruxo. Um arco bastante interessante e necessário, quando comparado com movimentos ditatoriais da vida real. No entanto, ainda que o filme tenha se beneficiado da excelente interpretação de Imelda Staunton como a odiosa Dolores Umbridge, esse arco foi prejudicado por um roteiro fraco e confuso — que deixou os espectadores tão no escuro quanto Dumbledore deixou Harry. Nem mesmo a chocante morte de Sirius (Gary Oldman) teve o impacto emocional que no livro que inspirou o filme. Já a criação da "Armada de Dumbledore" gerou um sopro de esperança na trama, com a ótima escalação de Evanna Lynch como Luna Lovegood, além de sequências visuais incríveis no treinamento dos Patronos. — Vitória Pratini

6) Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1

As Relíquias da Morte - Parte 1 marca o início do fim. Porém, tal qual o começo do livro que o inspira, é uma jornada para chegar a algum lugar. Assim como o empolgante As Duas Torres na franquia O Senhor dos Anéis, o penúltimo Harry Potter funciona bem como a metade inicial de uma trama e um filme de passagem, mas não tem peso o suficiente para se sustentar sozinho como obra cinematográfica. Os momentos de fuga de Harry, Hermione e Rony são longos e enfadonhos, repetitivos — realistas, de fato, como numa guerra — e servem para alimentar o clima de tensão que terá seu ápice no filme seguinte. P.s.: quem está até hoje chorando pela morte de Dobby, levanta a mão! — Vitória Pratini

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5) Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2

Senhor dos Anéis que me perdoe, mas a saga Harry Potter também sabe fazer batalhas épicas. De fato, o grande destaque de As Relíquias da Morte - Parte 2, novamente comandando por David Yates, é a luta em Hogwarts, envolvendo todos os seres mágicos e personagens coajuvantes sobreviventes, de forma empolgante. Uma jornada memorável como essa, de 10 anos, deveria culminar em eventos emocionantes e que, essencialmente, caracterizasse o melhor filme da franquia. No entanto, enquanto o último longa-metragem é muito bom, ele não adquiriu o status de excelência que a saga merecia. Destaque positivo, de tirar o chapéu, para Helena Bonham Carter interpretando Hermione fingindo ser Bellatrix. — Vitória Pratini

4) Harry Potter e o Cálice de Fogo

A partir de O Prisioneiro de Azkaban, a saga Harry Potter começou a ganhar ares mais sombrios, que culminaram justamente nos eventos de O Cálice de Fogo. Pela primeira vez, vimos o mundo bruxo além de Hogwarts, em sequências visualmente belas da Copa Mundial de Quadribol e a apresentação de outras duas escolas participantes do Torneio Tribruxo. A produção dirigida por Mike Newell investe muito bem nas tarefas da competição, mais ou menos como os 12 trabalhos de Hércules, que vão aumentando de dificuldade na mesma medida que a tensão do filme cresce. Seu desfecho, que traz a morte de Cedrico (Robert Pattinson) e o retorno de Voldemort, é visceral. — Vitória Pratini

3) Harry Potter e a Câmara Secreta

Como fã (de carteirinha) de Harry Potter, a jornalista que vos fala tem como um dos favoritos A Câmara Secreta. O segundo filme da franquia é, antes de mais nada, uma aventura juvenil muito bem construída. Repleta de mistério, segredos e fantasia, a trama consegue ser sombria, e insere na saga Harry Potter a dualidade do vilão e da culpabilidade: Gina teria aberto a Câmara Secreta e causado a petrificação de pessoas por influência de Tom Riddle. Novamente dirigido por Chris Columbus, o filme também aposta no humor, em cenas memoráveis como do carro voador e do Berrador, que deixam Rupert Grint brilhar no papel. — Vitória Pratini

2) Harry Potter e a Pedra Filosofal

É difícil, como fã da saga Harry Potter, não criar um apego especial por A Pedra Filosofal. Não apenas por ser a introdução a um mundo de magia que passaria a fazer parte de nossas vidas por um bom tempo, mas também porque Chris Columbus soube mesclar muito bem os momentos de inocência e ingenuidade com as aventuras que, já naquela época, se mostravam aterrorizantes para crianças de 11 anos. Como um capítulo introdutório, cumpre muito bem o seu papel em marcar no coração as primeiras passagens de cada personagem. — Ygor Palopoli

1) Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

Dentro de qualquer perspectiva técnica, já seria muito difícil colocar Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban fora das primeiras colocações. Mas quando o primor da direção do vencedor do Oscar Alfonso Cuarón se une a uma trama que, pela primeira vez, se permite explorar mais as relações familiares de Harry, a raiz de seus maiores anseios e a inédita viagem no tempo, temos aqui o melhor capítulo de todos. Vale lembrar, ainda, que são nos pequenos momentos em que o filme entrega sua delicadeza — seja com Harry conjurando seu patrono, Snape protegendo o trio de protagonistas ou a planada final com o Bicuço. — Ygor Palopoli

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