É um dos maiores fracassos da história do cinema de fantasia épica: Disponível no streaming, uma aventura espetacular do diretor de um dos melhores filmes de ficção científica
Giovanni Rodrigues
-Redação
Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

Um filme extravagante que causou perdas de quase 100 milhões de dólares.

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Os fracassos são inevitáveis em Hollywood, já que ninguém tem a receita mágica para que todos os seus filmes sejam sucessos de bilheteria. Hoje volto a falar sobre um dos maiores desastres dos últimos anos, já que Deuses do Egito segue disponível no Prime Video, uma superprodução de fantasia que sofreu um enorme fracasso nos cinemas.

Um enorme desastre

Com o aval de ter por trás Alex Proyas, principal responsável por Cidade das Sombras, um dos melhores filmes de ficção científica dos últimos 30 anos, Deuses do Egito foi um título cercado por polêmica antes mesmo de sua estreia. As acusações de embranquecimento levaram o próprio Proyas e a Lionsgate a terem que se desculpar meses antes de sua chegada aos cinemas. Nada disso poderia nos preparar para tudo o que viria depois.

Depois de ser destruído pela crítica, o público também deu as costas ao filme, provocando uma irritação monumental em Proyas. Sua reação? Atacar os críticos, chegando a afirmar coisas do tipo "como os idiotas perturbados que todos eles são". Que desastre.

Quanto ao longa em si, Deuses do Egito é um filme que tem alguns espectadores que tentam reivindicá-lo de vez em quando. Porém, são vários os detalhes que afastam os outros, começando pelo roteiro assinado por Matt Sazama e Burk Sharpless que parece apostar no vale-tudo, e até por momentos dá a sensação de querer abraçar seu lado mais estúpido. Tomara que tivessem feito isso o tempo todo.

É verdade que existe certa sinergia entre os excessos do roteiro e os devaneios de Proyas na direção. Isso transforma essa aventura épica em um espetáculo indescritível, onde o forte uso de retoques digitais chega a criar algumas cenas que é preciso ver para acreditar. É o que acontece quando você exagera na ostentação.

Mesmo assim, é honesto desde o primeiro momento e acho que alguém poderia até gostar dele se conectasse com sua proposta delirante. É de perder o interesse rapidamente e sua exibição chega a se tornar por momentos uma experiência desoladora. O início não é tão ruim, mas depois não demora muito para degenerar completamente.

E o pior é que sabemos muito bem que há talento ali, pois Proyas havia conquistado uma parte do público com Presságio, seu trabalho anterior e bastante subestimado, mas a falta de controle que o filme demonstra se volta contra ele. Por exemplo, Gerard Butler se diverte mostrando um lado mais brincalhão, mas é melhor esquecer o trabalho do resto do elenco, e não é porque não haja outros atores competentes por lá.

Um desastre de tal calibre levou a perdas estimadas em 90 milhões de dólares, uma verdadeira barbaridade que obviamente é um dos motivos pelos quais Proyas levou quase uma década para poder filmar seu próximo longa-metragem.

*Conteúdo Global do AdoroCinema

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