Nunca tinha parado para analisar a última cena de Titanic: Agora a vejo diferente e a aprecio ainda mais
Giovanni Rodrigues
-Redação
Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

Aquele maldito Coração do Oceano que repousa no fundo do mar.

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Sou incapaz de saber quantas vezes assisti Titanic ao longo da minha vida. Quando criança, muitas. Já adulto, acho que nunca cheguei a assisti-lo do início ao fim. Por isso, revisitando-o mais de 20 anos depois, percebo que nunca havia apreciado o final tanto quanto merece.

Com certeza você se lembra da última cena. Uma Rose já idosa termina de contar sua história no insubmersível e descansa em sua cabine. Sob a luz da lua, ela caminha sozinha em direção ao convés do navio e tira do bolso a joia que tanto procuram: o Coração do Oceano. Rose retira o diamante, de valor inestimável, e o joga no oceano após um breve suspiro.

Depois, a vemos novamente em sua cama, com um sorriso nos lábios e perto de sua coleção de fotografias, mostrando que teve uma vida longa e plena. Rose morre feliz.

O que significa o final?

A cena de sua morte é a resposta à pergunta: o que teria acontecido se ela não tivesse descido do bote? E se tivesse ficado com sua mãe e não tivesse voltado para Jack? Se assim fosse, talvez tivesse que se casar com Cal e retomar a vida que sua família queria para ela. No entanto, não foi assim. Como demonstram as fotografias, ela viveu muitas experiências e teve uma vida plena graças à sua corajosa decisão de voltar para Jack.

Jogar o colar pela borda é uma forma de se despedir daquela outra vida, mais triste e opressiva para ela, que quase teve. Felizmente, Jack cruzou seu caminho e a salvou duas vezes. Primeiro, quando evita que ela pule na água e se suicide, no início do filme. Segundo, quando a faz pular - desta vez para o bem - e eles se reencontram no meio do naufrágio.

Rose estava destinada a viver uma história mais feliz do que a que lhe oferecia a primeira classe, e Jack já havia advertido sobre isso. "Não se despeça. Ainda não. Entende? Escute, Rose. Você vai sair daqui. Vai ter muitos bebês e vai vê-los crescer. Vai morrer idosa, quentinha na cama. Não aqui. Não esta noite. Não assim", ele disse enquanto congelava na água do Atlântico. Rose fez o que Jack pediu.

O final alternativo

James Cameron terminou o filme com um final à altura: dramático, épico e a favor de Rose. Mas poderia ter sido diferente. O cineasta havia planejado e filmado outro desfecho para testar qual ficaria melhor. No alternativo, Rose também deixava cair o colar, mas encontrava Brock e sua neta junto à grade. Eles tentavam impedi-la e ficar com o colar. O próprio Bill Paxton, falecido ator que interpretava Brock, declarou que era "desnecessário" e uma das melhores decisões que Cameron tomou foi manter a doce morte de Rose.

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