O impulso para aquele que já se tornou um dos diretores do momento.
Apesar da concepção tão conservadora que temos do Oscar, nós que estamos medianamente atentos a ele, a realidade é que de vez em quando se infiltra algum filme mais, por assim dizer, "punk". Algo que realmente não deveria ter espaço ali onde há outras obras mais acadêmicas.
Foi o caso de A Favorita, o sensacional filme de Yorgos Lathimos que, no papel, poderia parecer mais um drama de época. Em vez disso, acabou sendo uma fabulosa comédia protagonizada por Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz, que você encontra no streaming Disney+.
Início do século XVIII. A Inglaterra está em guerra com a França. Mesmo assim, as corridas de patos e o gosto por abacaxi florescem. A frágil rainha Ana ocupa o trono e sua íntima amiga, Lady Sarah Churchill, governa o país em seu lugar enquanto cuida da má saúde de Ana e seu temperamento volátil.
Com a chegada de uma nova criada, Abigail Masham, o carisma dela conquista a simpatia de Sarah, que se torna sua protetora e, por sua vez, Abigail vê nisso a possibilidade de retornar às suas raízes aristocráticas. À medida que a política da guerra consome grande parte do tempo de Sarah, Abigail preenche o vazio que esta deixa como companheira da Rainha. Sua crescente amizade lhe dá a oportunidade de realizar suas ambições e ela não permitirá que nenhuma mulher, homem, política ou coelho se interponha em seu caminho.
Uma pequena versão de A Favorita já circulava por Hollywood nos anos 90, quando foi feito um rascunho em torno da história real da Rainha Ana e seu tipo de triângulo amoroso encoberto. Anos depois, essa ideia chegou a um produtor, que pensou no aclamado diretor grego para dirigi-lo e escrevê-lo junto com um renomado roteirista como Tony McNamara.
A Favorita: confusão no palácio
O resultado é muito mais turbulento e ácido do que muitos poderiam esperar. Lanthimos mostra seu lado mais espetacular, talvez menos exibido em filmes de orçamento menor, revelando também uma interessante influência kubrickiana. Uma que também se percebe em um humor muito retorcido, perverso, marcado pela manipulação. E também absurdo.
Consegue transformar as intrigas palacianas da realeza britânica em um festival de maldade do qual não se quer sair, como uma montanha-russa. Seu fabuloso trio protagonista leva ao nível máximo a visão de seu cineasta, que teve aqui aclamação e sucesso para se consolidar e passar a fazer filmes como Pobres Criaturas, que o colocam como um dos cineastas do momento.
Você pode assistir A Favorita no Disney+.
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