Críticos de todo o mundo elogiaram este filme.
É inevitável que, em qualquer lista dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos, apareçam títulos como 2001: Uma Odisséia no Espaço ou Blade Runner - mas, obviamente, é um gênero que nos deu muitas alegrias além de Stanley Kubrick e Ridley Scott. Hoje venho falar com vocês sobre um filme que muitos nem sabem que existe, mas é considerado um dos melhores de todos os tempos: Nascidas em Chamas.
Revolução pacífica
Dirigido por Lizzie Borden e lançado em 1983, o filme é difícil de classificar, pois ao mesmo tempo em que apresenta uma distopia feminista, também se enraíza na docuficção.
Tudo para nos colocar num cenário em que uma revolução pacífica ocorrida há 10 anos nos Estados Unidos leva à ascensão ao poder de um governo socialista. Isso não impede que as minorias continuem a ter problemas com as autoridades, levando um grupo de mulheres de Nova York a se juntar para fazer a revolução ir ainda mais longe do que se esperava. Em Nascidas em Chamas, Borden aborda temas como sexismo, luta de classes, racismo e violência policial.
A título de curiosidade, Nascidas em Chamas é o único filme em que a diretora Kathryn Bigelow participou como atriz. Nessa altura ainda não tinha feito a sua estreia solo atrás das câmaras - lançou The Loveless com Monty Montgomery em 1981.
Nascidas em Chamas foi premiado no Festival de Berlim de 1983, mas é justo destacar que é um filme que nunca alcançou o grande público. Na verdade, sequer está disponível em streaming no Brasil, por exemplo.
Em outros países e especialmente em um certo círculo, o filme tem muito prestígio. Aliás, foi escolhido como um dos 250 melhores filmes da história na lista elaborada pela revista Sight & Sound em 2022. Especificamente, empatou em 243º lugar com vários títulos, incluindo Laranja Mecânica e Videodrome.
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