Avaliado com 94% de aprovação no Rotten Tomatoes, longa chega aos cinemas brasileiros em novembro.
Há alguns anos, a discussão sobre o uso de inteligência artificial tem se intensificado de maneira inédita. Como previsto, o recurso chegou a níveis capazes extraordinários e já impacta as diferentes manifestações artísticas.
Enquanto a IA pode utilizar dados, estilos e imagens para construir imagens, existe uma resistência formada por muitos cineastas. Scott Beck e Bryan Woods, diretores de Herege, são dois nomes presentes neste grupo - e deixaram isso bem claro nos créditos do longa-metragem.
Aplaudido por público, crítica e assinado pela A24: Um dos melhores filmes de terror do ano já tem data para chegar ao BrasilApós o encerramento do terror, uma mensagem aparece entre os profissionais envolvidos com o projeto: "Nenhuma IA generativa foi usada na produção deste filme", frase que, para os diretores, é uma forma de manifesto.
“Não temos ilusões de que quando as pessoas assistirem Herege elas vão dizer, 'Espera aí, eles usaram IA generativa?'”, disse Woods em entrevista à Variety. “Não parece nada disso, mas era importante para nós divulgarmos isso porque achamos que é algo sobre o qual as pessoas precisam começar a falar.”
A declaração dos realizadores vem em uma época em que diversos projetos já usam algum tipo de IA para moldar detalhes de suas tramas, incluindo Furiosa, Alien: Romulus e Entrevista com o Demônio. Para o roteirista de Boogeyman: Seu Medo é Real, a inteligência artificial generativa é "um algoritmo que mistura um monte de m*rda e depois a cospe como arte. Não é humano e é quase roubo em algum nível."
Os dizeres da dupla ressoam durante um momento em que acordos entre empresas de tecnologia são feitos com estúdios para o utilizar a ferramenta em futuras produções, das quais a Disney e a Blumhouse estão envolvidas.
No streaming: O filme de terror não tão conhecido assim da A24 que conta com um final tremendamente chocante“Acho que essa ideia de que um algoritmo pode simplesmente raspar toda a história e arte humana da internet, reempacotá-la, regurgitá-la, cuspi-la e outra pessoa pode usar isso para criar lucro... Não sei por que isso é legal”, ele continua.
“É importante que as pessoas comecem a falar sobre a necessidade de intersecção humana na arte, nos negócios e em todas as facetas desta vida, porque estamos à beira de todos os empregos no planeta Terra serem substituídos da noite para o dia. Isso vai acontecer muito rápido. E é fácil acontecer nas artes. Estamos em um negócio excepcionalmente ganancioso. As decisões são tomadas para o resultado final e não para o bem do processo artístico.”
Qual é a história de Herege?
Em Herege, Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher) são duas jovens missionárias que passam os dias tentando recrutar novos fiéis, mas a tarefa parece impossível, já que as pessoas ao redor demonstram pouco interesse. Um dia, ao pararem em uma casa isolada, as duas encontram o Sr. Reed (Hugh Grant), um homem que aparenta estar genuinamente interessado em ouvi-las e até mesmo em se converter.
A calorosa recepção rapidamente se transforma em uma situação muito mais perigosa do que poderiam imaginar. Presas em uma casa desconhecida, Paxton e Barnes precisam recorrer à fé e à coragem para sobreviverem a um mortal e intenso jogo de gato e rato. Enquanto enfrentam o perigo iminente, as jovens missionárias descobrem que sua missão vai além de recrutar novos fiéis; agora, é uma luta desesperada por suas próprias vidas.
Herege chega aos cinemas brasileiros em 20 de novembro pela Diamond.
*Fique por dentro das novidades dos filmes e séries e receba oportunidades exclusivas. Ouça OdeioCinema no Spotify ou em sua plataforma de áudio favorita, participe do nosso Canal no WhatsApp e seja um Adorer de Carteirinha!