Ainda Estou Aqui é baseado em uma história real? Aposta do Brasil no Oscar está chegando aos cinemas

Estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, filme tem direção de Walter Salles.

Representante brasileiro por uma corrida ao Oscar 2025, Ainda Estou Aqui está muito próximo de chegar aos cinemas. Dirigido por Walter Salles, o filme vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza tem ganhado cada vez mais projeção nacional e internacional.

Estrelado por Selton Mello e Fernanda Torres, a trama se passa no Brasil, na década de 1970, durante a ditadura militar. O público acompanha a família Paiva, composta por Rubens, Eunice e seus cinco filhos. Eles vivem na frente da praia, numa casa de portas abertas para os amigos.

Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice - cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas - é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos. 

Ainda Estou Aqui é baseado em uma história real?

Ainda Estou Aqui é, sim, baseado em uma história real. O longa utiliza o livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens e Eunice, para apresentar a trajetória dessa família que ajudou a redefinir a história do país. A narrativa acompanha momentos decisivos da história brasileira, com elementos da década de 1970 e pontos relevantes de eventos recentes, com destaque às ações da Comissão Nacional da Verdade.

A obra reconta os principais acontecimentos que envolveram a família Paiva e, além do registro literário, as memórias dos filhos do casal rememoram os principais acontecimentos desta história. “A gente morava no Leblon. Meu pai era engenheiro, era diretor de uma empresa de engenharia. Ele ia muito à praia, jogava vôlei. Estavam todos voltando para casa, era um fim de semana e de repente aparece a polícia, à paisana, e o intima, quer levá-lo para depoimento. Assim era dito. Mas com gente armada dentro de casa”, disse Vera Paiva em entrevista ao site TUTAMÉIA em 2021.

“Meu pai tinha cinco filhos, eu não estava em casa naquele momento, mas meus irmãos estavam, minha mãe estava. Ele vestiu o terno, a gravata, e espertamente decidiu ir dirigindo o seu próprio carro. Minha mãe foi presa no dia seguinte, ficou dez dias, minha irmã de 15 anos também. Quando minha mãe foi solta e voltou para buscar o carro, ela assinou um recibo, e ela tinha uma cópia desse recibo. Por muito tempo, essa foi a prova única que a gente teve de que ele tinha sido preso", completou a psicóloga.

Ainda Estou Aqui chega aos cinemas em 7 de novembro.

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