A atriz foi comandada pelo diretor durante o longa-metragem O Iluminado.
Conhecido por seu estilo de direção meticuloso e muitas das vezes obsessivo, Stanley Kubrick tinha fama de levar seus atores ao limite. A experiência compartilhada por Shelley Duvall talvez prove que tal reputação era mais do que precisa, atriz que protagonizou o longa-metragem do cineasta, O Iluminado.
Durante uma conversa com o crítico e roteirista Roger Ebert, em dezembro de 1980, Shelley relatou que estrelar The Shining (no original) foi uma experiência terrível, principalmente pelo impacto emocional que sofreu durante as gravações. Segundo ela, o alto nível de angústia que precisou apresentar para o papel de Wendy Torrance a causou sérios problemas, especialmente por Kubrick fazer questão de abordar o sentimento da maneira mais realista possível.
“De maio a outubro, estive com a saúde muito debilitada porque o estresse do papel era muito grande. Stanley me cutucou e me pressionou mais do que jamais havia sido pressionada antes”, compartilhou a atriz.
“O melhor filme que já vi”: Esta obra-prima recebeu os maiores elogios do lendário Stanley KubrickPara quem não conhece, O Iluminado é baseado em um livro escrito por Stephen King, adaptado para os cinemas em 1980. A trama mergulha o espectador na vida do escritor Jack Torrance, um homem que recebe a proposta de trabalhar como caseiro em um hotel distante no Colorado e aceita na tentativa de quebrar com seu bloqueio criativo. Entretanto, após se mudar com sua família para o local, logo eles são afetados por visões sinistras e pelo comportamento estranho de Jack.
Até hoje, a representação de Duvall de uma mãe aterrorizada lutando para proteger seu filho do marido desequilibrado continua sendo um dos elementos mais icônicos do cinema. O filme é ainda estrelado por outros grandes nomes da indústria, como Jack Nicholson, Danny Lloyd, Scatman Crothers e mais.
"O personagem de Jack Nicholson tinha que estar louco e raivoso o tempo todo. E na minha personagem, eu tinha que chorar 12 horas por dia, o dia inteiro, nos últimos nove meses seguidos, cinco ou seis dias por semana (...) Foi um inferno fazer parte daquele filme", ela ainda destacou.
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