Um dos melhores filmes de 2024 que concorreu à Palma de Ouro em Cannes, faz parte de uma trilogia - e você não sabia!
Iris Dias
Amante dos filmes de fantasia e da Beyonce. Está sempre disposta a trocar tudo por uma sitcom ou uma maratona de Game Of Thrones.

Trazendo a ancestralidade japonesa às telas, o diretor André Hayato Saito e a produtora Mayra Faour Auad se juntaram e criaram uma trilogia de curtas.

O Festival de Cannes é, sem dúvidas, uma das principais premiações do cinema e serve como termômetro para a maior premiação cinematográfica: o Oscar! No festival, muitos títulos de prestígio concorrem à famosa Palma de Ouro, como foi o caso de Amarela, produção que disputou na categoria de Melhor Curta-Metragem e teve a sua estreia nacional no Festival do Rio 2024.

Escrito e dirigido por André Hayato Saito e produzido por Mayra Faour Auad, sócia do MyMama Entertainment, Amarela é a prova de conceito do primeiro longa-metragem do diretor, ainda em produção: Crisântemo Amarelo. Percebendo a necessidade de “testar” a história em forma de curtas, assim nasceu uma trilogia de ficção que investiga a ancestralidade japonesa de Saito.

Amarela é o terceiro filme dessa sequência e o único latino-americano selecionado para concorrer no 77º Festival de Cannes. A jornada de identidade dessa trilogia se inicia com o curta Kokoro to Kokoro e segue com Vento Dourado, esse segundo fez a sua estreia no Festival de Moscou. O longa, por sua vez, deve apresentar uma síntese dos três curtas-metragens.

Qual a história de Amarela?

Erika Oguihara (Melissa Uehara) é uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa. Durante a final da Copa do Mundo de 1998, entre Brasil e França, a garota, ao se reunir com seus amigos para acompanhar a partida, vivencia uma violência que passa despercebida por todos, mas que a inflama na constante luta contra o sentimento de não-pertencimento que vem enfrentando desde sua infância.

Segundo o diretor, "'Amarela' é uma ferida aberta não só do povo nipo-brasileiro, mas de todos os filhos das diásporas ao redor do globo que se conectam a esse sentimento de serem estrangeiros no próprio país. Erika, a protagonista, representa o desejo de encontrar nosso lugar no mundo".

Kokoro to Kokoro, por sua vez, aborda o relacionamento que o diretor tinha com sua falecida avó e sua melhor amiga do Japão, com quem estabeleceu um acordo de se reencontrarem na vida pós-morte.

Já Vento Dourado foca na avó de Saito que, aos seus 94 anos, está perto de falecer. O diretor explora os últimos momentos entre uma mãe e uma filha, além de traçar uma relação íntima entre gerações e um ensaio sobre a morte. Amarela atualmente não está disponível nas plataformas digitais.

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