Uma reflexão sobre o impressionante discurso de Rocky Balboa para seu filho no sexto filme da saga estrelada por Sylvester Stallone.
No cinema, há falas que conhecemos de cor e gostamos de citar em uma noite com os amigos. Falas que nos fizeram chorar de rir na primeira vez que as ouvimos e das quais nunca nos cansamos. Falas que guardamos cuidadosamente em um canto da memória e nas quais às vezes pensamos com um pequeno sorriso de nostalgia.
E então há as falas que nos ajudaram. A nos levantar, às vezes, quando a vida nos derrubou. A nos construir. A lutar. Essas falas que um dia fomos capazes de usar contra a adversidade, como se déssemos um uppercut em um oponente durante uma luta de boxe. Essas falas que, em alguns casos específicos, nos permitiram resistir, nos ajudaram a não desistir, talvez até mesmo salvaram nossas vidas.
A mais bela fala de Rocky
Entre os discursos estimulantes de Maximus ou William Wallace em Gladiador ou Coração Valente, as doces e ternas lições de vida da mãe de Forrest Gump ou os sábios conselhos de Gandalf em O Senhor dos Anéis, o cinema não carece de tesouros nesse aspecto. E mais especificamente, graças à escrita poderosa e afiada de Sylvester Stallone, que se sai tão bem em uma página em branco quanto em um ringue, a saga Rocky está repleta desse tipo de pérolas.
É no sexto filme da franquia, lançado em 2007 e dirigido pelo próprio Sly, que encontramos o discurso mais magistral do personagem. Ele ressoa na tela quando Rocky, então com cerca de 60 anos, está prestes a voltar à ativa para enfrentar um adversário 35 anos mais jovem que ele.
Seu filho Robert, de quem ele se afastou gradualmente nos últimos anos, o critica por sua notoriedade, da qual ele alega ter sido a primeira vítima ao longo de sua vida. Rocky, cansado de vê-lo se lamentar e sentir pena de si mesmo, então oferece a ele (e a todos os espectadores do filme) um formidável e poderoso discurso destinado a colocá-lo de pé novamente.
"É assim que se vence!"
Na perfeita interseção entre amor, raiva e autoridade, ele ainda ressoa hoje na memória daqueles que o ouviram na época:
O filho de Rocky Balboa não teve nada a dizer a esse eletrochoque vocal, que instantaneamente agiu como um desfibrilador em sua alma exausta, e se contentou em observar o pai voltar ao seu pequeno restaurante italiano, seguindo-o com os olhos. Dois olhos que não viam com tanta clareza há muito tempo.
*Conteúdo Global do AdoroCinema
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