Personagem faz parte do cânone da franquia de ficção científica e fantasia.
Ainda que parte do fandom rejeite as apostas da Lucasfilm em trazer diversidade para Star Wars, a franquia tem, lentamente, inserido personagens que representam diferentes grupos minoritários. Neste fluxo, a saga intergaláctica acaba de incluir uma nova identidade em seu hall de estrelas.
Trata-se de Sister, a primeira Stormtrooper transgênero de Star Wars. A personagem foi introduzida no livro The Secrets of the Clone Troopers e é descrita na obra da seguinte maneira:
"Quando uma de nossa espécie expressava sua identidade de gênero de forma diferente de seus companheiros soldados, ela sabia que teria que esconder quem ela realmente era por dentro. Felizmente, seus irmãos no 7th Sky Corps deram a ela o nome de Sister como um lembrete constante de que ela pertencia."
Atriz de Star Wars deleta fotos do Instagram por causa de comentários ofensivosUtilizando um traje com as cores da bandeira trans, com detalhes rosas e azuis sobre o branco da armadura, a personagem faz parte do cânone da saga desde 2022, quando foi citada no livro Queen's Hope, ao servir à República Galáctica. Presente na Guerra dos Clones, ela é contemporânea ao Darth Vader e Obi-Wan Kenobi.
Parte do fandom logo se pronunciou negativamente sobre a personagem. Um usuário do X (Twitter) disse que "isso não faz sentido", enquanto outro escreveu que "essas pessoas adoram acabar com o escapismo e a fantasia". Mas houve quem aplaudisse a iniciativa, que, embora seja interessante, ainda é tímida quanto à relevância da Stormtrooper na narrativa:
“Eu amo isso! Mais diversidade nos clones e representação através de cada um deles tentando fazer com que sua existência seja mais do que apenas uma máquina de matar para a República”, escreveu um fã.
Star Wars: John Boyega diz que não voltaria para franquia, mas celebra luta contra fãs racistasOutra pessoa disse: “Estou muito feliz em vê-los dobrando a aposta na inclusão e dizendo aos transfóbicos para se f*dam. Se a existência de um elemento da história que não afetará nada te irrita tanto, isso é coisa sua.”
É fato que a recepção da audiência normalmente é amarga quando o assunto é inclusão, visto o hate em personagens como Rey (Daisy Ridley), Finn (John Boyega) e Rose (Kelly Marie Tran), seja por misoginia ou racismo. Inclusive, o suposto romance entre o Trooper renegado e Poe Dameron (Oscar Isaac) foi simplesmente descartado durante a última trilogia da série para agradar o público.
"Uma onda de intolerância": O ódio por The Acolyte causou o cancelamento da série, de acordo com a protagonistaOs casos mais recentes, por exemplo, estão nas séries de TV. Algumas atrizes de The Acolyte se pronunciaram sobre ataques racistas em suas redes sociais, algo que foi intensificado após a produção ser cancelada pelo Disney+. A trama ainda tinha elementos progressistas e personagens queers, algo que também não foi acolhido por parte dos fãs.
Ainda que seja algo singelo, é importante que Star Wars tenha apresentado uma personagem transgênero em seu cânone. É a porta para que outras pessoas se vejam representadas em uma das sagas de ficção científica e fantasia mais importantes da cultura pop.
O próximo lançamento da saga é Star Wars: Skeleton Crew, série que chega ao Disney+ em 3 de dezembro.
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