Uma das histórias reais mais incríveis do Titanic não aparece no filme de James Cameron, embora muitos acreditam que ele escondeu uma pequena homenagem
Giovanni Rodrigues
-Redação
Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

Mais uma curiosidade entre tantas outras do clássico filme de James Cameron lançado em 1997.

Embora James Cameron quisesse incluir todas as histórias do naufrágio que pôde em Titanic, a verdade é que algumas lhe escaparam. Afinal, a bordo viajavam 2.224 pessoas, e ele teria precisado de uma longuíssima série documental para fazer referências a todos enquanto, ao mesmo tempo, tentava contar a história de Jack e Rose e seu amor - totalmente inventado, pelo menos que saibamos - dentro do navio. No entanto, há pelo menos uma história que nos causa uma tristeza enorme por não ter sido adaptada: a de Violet Jessop.

Violet Jessop tinha 25 anos quando embarcou no Titanic, e trabalhava como camareira no RMS Olympic um ano antes. O navio em questão, que era a maior embarcação de luxo do mundo naquele momento, colidiu com o navio de guerra britânico HMS Hawke, mas, por sorte, ninguém morreu e, na verdade, o navio conseguiu voltar ao porto por conta própria. Jessop continuou trabalhando lá, sem medo de sofrer mais acidentes, até ser transferida para o Titanic.

Acho que não estrago a surpresa se contar que o navio bateu em um iceberg e afundou, mas talvez os surpreenda que Jessop foi vital para a sobrevivência de vários passageiros, porque serviu como exemplo de comportamento para aqueles que não falavam inglês. Ela conseguiu entrar em um bote salva-vidas junto com um bebê e foi resgatada pelo RMS Carpathia, que a levou a Nova York. Obviamente, este seria o fim de suas desventuras marítimas, não é?

Bem... não. Durante a Primeira Guerra Mundial, Jessop trabalhou para a Cruz Vermelha Britânica, mais especificamente no navio-hospital Britannic, conhecido como "o irmão mais novo do Olympic e do Titanic", que (sim, você adivinhou) afundou depois de detonar uma mina naval alemã. Morreram 30 pessoas, mas não nossa heroína, que após três naufrágios sobreviveu até 1971.

Há quem diga que James Cameron incluiu sua incrível história no filme, mas de forma muito sutil. Há uma pequena referência em uma cena em que Thomas Andrews diz a uma camareira chamada Lucy que pegue seu colete salva-vidas e sirva de exemplo. Melhor que nada, mas, diga-se de passagem, ela merece um filme próprio. Com certeza.

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