Por 40 anos, Stephen King vendeu suas adaptações por apenas um dólar - com uma condição que só foi quebrada por um diretor
Ana Pilato
Fanática por filmes e séries, Ana possui um acervo de informações aleatórias sobre cultura pop e gosta de encarar câmeras imaginárias como se estivesse em Fleabag ou The Office.

O chamado programa Dollar Baby ajudou a revelar novos talentos.

Atualmente temos poucos escritores tão populares e prolíficos quanto Stephen King. Aos 77 anos, o autor é há décadas uma das principais referências do terror e, como tal, conta com a influência de muitos amantes do gênero ávidos por adaptar suas obras.

Embora títulos como O Iluminado ou Louca Obsessão sejam ótimos filmes que vêm à mente quando pensamos em suas adaptações, King também queria apoiar cineastas amadores - e foi então que, no final dos anos 70, criou um programa chamado “Dolar Baby", que duraria até 2023.

Para o terror de sua equipe jurídica, como ele brincou, o acordo era que todos os estudantes e novos cineastas que quisessem poderiam adquirir os direitos de suas adaptações por apenas um dólar. Isso incluía apenas seus contos, e as adaptações não poderiam ter distribuição comercial. Mas a chegada de um jovem diretor impressionou tanto King que superou essa regra: Frank Darabont.

Darabont se tornaria um dos diretores favoritos de King

Embora a maioria dos trabalhos realizados com o programa tenham sido projetos de estudantes que não foram concebidos para atingir o público em geral, a versão de Darabont de The Woman in the Room contou com ótimas atuações e uma direção astuta, repleta de decisões de encenação que poderiam perfeitamente pertencer a um trabalho comercial.

Por isso King foi incentivado a lançar o curta junto a outras adaptações que considerou notáveis, como Discípulos do Corvo, de John Woodward, e The Boogeyman, de Jeff Schiro, que faziam parte da chamada Coleção Night Shift de Stephen King. Embora a quebra desse precedente também tenha beneficiado outros cineastas, foi Darabont quem o usou como trampolim para sua carreira.

A partir de então, o diretor tornou-se um de seus mais fiéis colaboradores, adaptando longas-metragens como Um Sonho de Liberdade, À Espera de um Milagre e O Nevoeiro, sendo que os dois primeiros ganharam o Oscar de Melhor Filme.

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