“Ele não me deixa fazer”: Por que George Lucas não queria que Steven Spielberg dirigisse um filme de Star Wars

Sabíamos que George Lucas considerou na época confiar a produção de O Retorno de Jedi ao seu antigo cúmplice, Steven Spielberg. Anos depois, este último ainda era candidato a assinar um filme de Star Wars. Sem sucesso.

Particularmente exigente, física e moralmente, a filmagem de Star Wars deixou sua marca em George Lucas. Disputas com a equipe técnica, orçamento muito excedido, atrasos no cronograma de filmagens, pós-produção interminável...

O suficiente para convencer o cineasta a entregar a próxima parte de sua trilogia em produção, até porque, como ele mesmo admite, pouco o entusiasma. Ele prefere ficar na cadeira de produtor, o que também lhe permite logicamente ter uma visão geral do desenvolvimento do próximo filme.

Lucas, portanto, entregou de forma inteligente a Irvin Kershner, O Império Contra-Ataca, lançado em 1980 e que muitos consideram o melhor filme da trilogia original. Para a terceira e última parte, O Retorno de Jedi, Lucas está mais uma vez em busca de um diretor em quem possa confiar e apoiar a visão do universo que criou. No final, será o dócil e diligente, Richard Marquand. Mas George Lucas considerou entregar as rédeas ao amigo Steven Spielberg.

Uma primeira oportunidade perdida

Por que não seu antigo cúmplice Steven Spielberg, que acaba de lançar Os Caçadores da Arca Perdida, cuja história foi escrita por George Lucas?

A esperança de entregar as rédeas do filme ao amigo durou pouco. Em 1980, Lucas foi de fato multado em 250 mil dólares pelo Directors Guild of America, por não ter creditado o nome de Irvin Kershner no início dos créditos em O Império Contra-Ataca.

Na verdade, o sindicato acredita que a menção “Lucasfilm” (sua empresa criada em 1971, portanto composta pelo seu nome) implicava que foi o produtor quem fez o filme, e não o diretor. Lucas paga a multa, mas, queimado pelo caso, desmembra-se do Directors Guild of America.

Embora a adesão à organização não seja obrigatória, é, no entanto, proibido a um dos seus membros realizar um filme fora das convenções estabelecidas com os "majoritários”. Na verdade, como integrante da DGA, Spielberg não conseguiu aceitar a oferta do amigo, que acaba de bater com estrondo a porta do sindicato.

E até um segundo!

Em entrevista ao Access Hollywood (via The Guardian) em 2012, Steven Spielberg disse que, anos depois da primeira trilogia Star Wars, ele ainda estava interessado em dirigir uma obra da saga espacial de seu antigo cúmplice.

"É algo em que eu estaria interessado. Perguntei a George, ele não me deixou dirigir um. Eu queria fazer um filme de Star Wars há cerca de 15 anos, e ele não quis. Eu entendo o porquê. Star Wars é O bebê de George. Ele sabe que tenho Jurassic Park e Indiana Jones, ele se sente inclinado a compartilhar tudo isso comigo.”

Isso não é totalmente correto, considerando a aposta maluca que os dois fizeram na época do primeiro filme. É sempre fácil refazer uma parcela anos depois, mas nos perguntamos o que um filme anterior de Star Wars assinado por Spielberg poderia ter produzido. Em vez disso, Lucas preferiu dirigir ele mesmo os três filmes. Mesmo assim, entregou as rédeas com a revenda de seu império para a Disney. E sabemos que ele realmente não gostou das novas obras de Star Wars.

Todas as parcelas de Star Wars estão disponíveis no Disney+, dentre outros filmes bons para assistir depois.  

Fique por dentro das novidades dos filmes e séries e receba oportunidades exclusivas. Ouça OdeioCinema no Spotify ou em sua plataforma de áudio favorita, participe do nosso Canal no WhatsApp e seja um Adorer de Carteirinha!