Os Imperdoáveis consagrou mais uma vez o nome do cineasta como uma das melhores produções de faroeste.
Clint Eastwood é certamente um dos nomes mais importantes quando se fala das produções hollywoodianas de western. O cineasta não só domina as telonas com suas clássicas interpretações no Velho Oeste, como também é um excelente diretor para sua equipe.
No entanto, é certo dizer que, muitas vezes, os bastidores escondem decisões e mudanças que não foram pensadas necessariamente pela direção do projeto. Esse foi o caso de Os Imperdoáveis, filme de 1992 estrelado por Eastwood, Gene Hackman e Morgan Freeman.
No filme, o falecido Richard Harris também fez uma participação pra lá de especial como o britânico Bob, um papel brilhante que deve muito às ideias do ator, validadas, é claro, por Eastwood.
A história de Richard Harris em Os Imperdoáveis
Eastwood já tinha uma carreira reconhecida como ator quando se aventurou na direção nos anos 1970, mas foi em 1992 que o californiano assinou um dos westerns mais bem avaliados pela crítica especializada, ganhando quatro Oscars, incluindo o de Melhor Filme e Melhor Diretor.
Na trama, o ex-pistoleiro viúvo William Munny (Clint Eastwood) é forçado a aceitar um último trabalho devido à difícil situação econômica de sua família. Sua missão? Encontrar os responsáveis por desfigurar uma prostituta, o que o leva a reencontrar um velho amigo, Ned Logan, interpretado por Morgan Freeman.
Entretanto, qualquer pessoa que tenha assistido a essa obra-prima também se lembrará do personagem Bob, o "Duque da Morte", interpretado brilhantemente por Richard Harris.
Uma decisão brilhante de Eastwood
Em um antigo vídeo do programa Inside the Actors Studio, apresentado por James Lipton, resgatado por nossos colegas do site AlloCiné, Eastwood contou uma divertida curiosidade sobre a contratação do ator para o seu filme:
Eu queria que Richard Harris interpretasse esse personagem no filme. Naquela época, ele morava nas Bahamas. Liguei, uma mulher atendeu e me disse para esperar enquanto o chamava
"Eu disse: 'Diga que é o Clint Eastwood!', e ela voltou perguntando: 'Quem é esse?' Então Harris atendeu e disse: 'Olá, sou o Bob!'. Ironicamente, ele estava na sala de estar assistindo a O Estranho Sem Nome. Ficou encantado com a proposta, pois adorava westerns", comentou o diretor durante seu episódio no programa.
A participação de Harris no roteiro
Richard Harris foi fundamental para que o britânico Bob se tornasse um personagem memorável. Um assassino arrogante e desdenhoso, com quem Harris se identificou, pois, segundo ele, conseguia entender: "Eu entendia esse tipo de inglês, porque eles viveram às custas da minha nação por quinhentos ou seiscentos anos". Uma referência à ocupação da Irlanda, terra natal de Harris, pela Grã-Bretanha. "Seria genial se eu pudesse fazer isso".
Harris acreditava que Bob, o inglês, não seria um verdadeiro aristocrata, mas sim um aspirante com pretensões. Assim, já que o personagem seria humilhado no roteiro, ele sugeriu adicionar uma camada extra.
Clint Eastwood afirma que são os 6 melhores filmes que dirigiu: Vários dos títulos mais lendários de sua carreira ficam de fora"Quando li o roteiro, disse a Clint: 'Sabe, seria ótimo se eu pudesse interpretar esse homem como um falso aristocrata'. No final da cena, quando Hackman o chuta, talvez toda aquela fachada desapareça e revele que ele é, na verdade, um malandro. E Clint disse: 'Sim, ótimo, vá em frente'. Às vezes eu hesitava em seguir nessa direção no set, mas ele sempre me encorajava", dividiu o ator em uma das entrevistas de divulgação do projeto.
O resultado dessa poderosa parceria você pode conferir ou rever no catálogo da Max.
*Conteúdo Global AdoroCinema
Quer ficar sempre por dentro das novidades dos filmes e séries e receber oportunidades exclusivas que só o AdoroCinema pode te proporcionar? Participe do nosso Canal de Transmissão no WhatsApp e torne-se um Adorer de Carteirinha!