“Uma das melhores protagonistas da história da ficção científica”: O filme que deu início a uma das sagas mais interessantes do cinema
Eduardo Silva
-Redator
Jornalista que ama filmes sobre distopias e animes de battle royale. Está sempre assistindo alguma sitcom e poderia passar horas falando sobre Yu Yu Hakusho e Jogos Vorazes.

“Força, inteligência e perfeição artística absoluta.”

>

Já se passaram 45 anos desde que foi lançado nos cinemas, mas Alien, o 8º Passageiro (1979), o segundo longa-metragem dirigido pelo veterano cineasta Ridley Scott, continua sendo um dos filmes mais aterrorizantes de todos os tempos.

Pouco importa que o filme tivesse um orçamento limitado de pouco mais de 10 milhões de dólares ou que seus efeitos especiais fossem 99% totalmente práticos – maquetes, animatrônicos, maquiagem, figurinos. Ele se tornou um sucesso mundial, ganhou um merecido Oscar pelos efeitos visuais e deu início a uma das sagas mais interessantes de toda a história do cinema.

O filme mais recente da franquia, Alien: Romulus, chegou aos cinemas há apenas algumas semanas, provando que a história que nasceu há mais de quatro décadas, meio brincando, meio sério, pode ser uma fonte inesgotável se acabar nas mãos certas.

E foi exatamente isso que fez com que Alien, o 8º Passageiro se tornasse um dos pilares dos filmes de terror e de ficção científica: a convergência da incrível história de Dan O'Bannon e Ronald Shusett com um time dos sonhos de artistas que fizeram parte da produção e que combinaram seus talentos para convencer os estúdios de que o que tinham em mãos valia a pena.

A importância de cada uma dessas peças e como tudo isso acabou se tornando Alien, o 8º Passageiro são analisadas meticulosamente pelo crítico espanhol Alejandro G. Calvo em sua última “retro-crítica” no SensaCine (site parceiro do AdoroCinema), que é uma verdadeira homenagem ao grande filme feito por Scott.

“Assistindo a Alien novamente hoje, 45 anos após seu lançamento, é incrível ver como ele se mantém, como parece real”, reflete ele. “E essa realidade, essa credibilidade, que gera medo no filme porque tudo transmite verdade, vem em grande parte do surpreendente design artístico da coisa toda.”

“Uma das sagas mais interessantes de toda a história do cinema”

No comando de Alien estava Ridley Scott, um cineasta veterano que veio da publicidade e que havia dirigido apenas alguns curtas, episódios e um longa-metragem, Os Duelistas, alguns anos antes. “Um diretor eminentemente visual que dá máxima importância ao trabalho com a câmera. [...] Se o material com que trabalha é bom, é um cineasta capaz de elevar a história graças a uma concepção estética altamente espetacular”, reflete G. Calvo.

Na época, Scott estava apenas começando, mas Alien e Blade Runner - O Caçador de Androides, lançado logo depois, fizeram dele um dos grandes nomes da história. E, claro, não poderíamos falar de Alien sem destacar uma verdade incontestável: o fato de ter uma das melhores protagonistas da história da ficção científica, a tenente Ripley, interpretada pela incrível Sigourney Weaver.

Assim, reflete o crítico, “a saga Alien, sem dúvida, num mundo assolado por franquias baratas (...), é uma das mais interessantes de toda a história do cinema. Por várias razões: por seu gosto majestático ao escolher seus diretores, por seu esforço em não tentar repetir a fórmula testada e comprovada, já que isso já havia sido feito pelo 'alien-exploitation', e por tentar expandir, qualificar e enriquecer sua mitologia”.

*Fique por dentro das novidades dos filmes e séries e receba oportunidades exclusivas. Ouça OdeioCinema no Spotify ou em sua plataforma de áudio favorita, participe do nosso Canal no WhatsApp e seja um Adorer de Carteirinha!

facebook Tweet
Links relacionados
Já no Disney+!