Para assistir gratuitamente online: Se você é fã de ficção científica, não pode deixar de assistir ao filme que mudou a história do cinema
Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

Responsável por moldar o gênero, projeto também é precursor de tudo o que conhecemos hoje em efeitos especiais.

A história do cinema e o gênero de ficção científica sempre caminharam juntos. Desde o início do que chamamos hoje de sétima arte, imagens em movimento são guiadas pela especulação constante de universos desconhecidos, cenários futuristas que vez ou outra chegam a se confirmar com o avanço do tempo e por ideias vindas da literatura com distopias e seres extraterrestres.

Alicerce da indústria cinematográfica, o sci-fi também sempre representou alegorias sobre, curiosamente, a vida humana. Seja em Alien, em que o verdadeiro inimigo é o capitalismo, ou Matrix, obra das irmãs Wachowski responsáveis por inserir dilemas e questões filosóficas ao público, as narrativas sempre tiveram um papel fundamental na construção do cinema.

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Muitos dos filmes aclamados hoje, dos quais podemos citar Duna, 2001: Uma Odisséia no Espaço, Metrópolis, Blade Runner, Avatar, Jurassic Park, A Origem, O Exterminador do Futuro e tantos outros, só foram possíveis por conta de um visionário que viveu no século XX: Georges Méliès.

Ilusionista e cineasta francês, o realizador foi responsável não apenas por produzir o primeiro filme de ficção científica do mundo, há mais de 120 anos, como também introduziu conceitos que vemos até hoje quando o assunto são efeitos especiais.

A partir do uso inovador de stop-motion e exposições múltiplas de câmera, o diretor conseguiu criar histórias inovadoras no início de tudo. Ele também contribuiu imensamente para a continuidade cinematográfica e na montagem de uma história linear, dando coerência a seus filmes a partir da sequência de imagens - e tudo começou com Viagem à Lua.

Embora alguns de seus filmes tenham se perdido no tempo, a obra inaugural do cinema de ficção científica segue intacta e remasterizada até hoje. Pode soar estranho para muitos espectadores acostumados ao ritmo dos filmes contemporâneos, mas é uma aula sobre o gênero e sobre a linguagem. Se olhar atentamente, pode observar que vários elementos deste projeto de 1902 ainda são usados atualmente.

A trama do curta-metragem é bem simples: o professor Barbenfouillis (Méliès) convence seus colegas a participarem de uma viagem de exploração à Lua. Eles partem em uma nave que aterrissa no olho direito da Lua. Lá eles encontram habitantes hostis que o levam ao seu rei. Os terráqueos conseguem fugir quando descobrem que os inimigos viram fumaça a um simples toque de um guarda-chuva.

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Viagem à Lua pode ser visto no catálogo do Telecine, mas também pode ser encontrado gratuitamente no Youtube já que após um século o registro tornou-se parte do domínio público. Aos que também se interessarem sobre a trajetória do cineasta francês, outra dica é um filme de A Invenção de Hugo Cabret, filme de Martin Scorsese que reinventa a história do realizador através de uma narrativa lúdica.

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