"Eu não tinha um plano de fuga": Michael B. Jordan precisou de terapia para superar as consequências de Pantera Negra
Maria Santos
Maria Clara decidiu estudar audiovisual para juntar o melhor de todos os mundos. Apaixonada pelo cinema independente e também pelos famosos filmes da sessão da tarde, não dispensa indicações e nem julga um filme pela sinopse.

Filme de 2018 contou com Michael B. Jordan, Chadwick Boseman, Lupita Nyong'o, Danai Gurira e Daniel Kaluuya no elenco.

Apesar de Michael B. Jordan estar em atividade desde o final dos anos 90, seu nome realmente emplacou na indústria com sua participação na franquia Rocky, com Creed: Nascido Para Lutar, ao lado de Sylvester Stallone, em 2016.

Os passos seguintes foram de grande importância para a carreira do ator, que, anos depois, colaborou com o grande time da Marvel como "antagonista" de Pantera Negra, filme que marcou para sempre sua filmografia.

O impacto de Pantera Negra para Michael B. Jordan

Além de ser considerado o melhor filme do Universo Cinematográfico Marvel, o impacto cultural e social de Pantera Negra é inquestionável. Bordões como Wakanda Forever – Wakanda Para Sempre – e a trágica despedida de Chadwick Boseman são apenas alguns dos complexos aspectos que permeiam a produção.

Michael B. Jordan também sentiu o impacto da produção, mas de uma forma um tanto negativa. Para interpretar Erik Killmonger, o antagonista do príncipe T'Challa (Chadwick Boseman) em Pantera Negra, o ator passou por vários momentos de isolamento, além de explorar pensamentos mais obscuros para entender melhor seu personagem, que está constantemente preso em um ciclo de raiva e rancor.

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Para seguir esse caminho, ele focou principalmente no impacto de ser um homem negro nos Estados Unidos. Em entrevista exclusiva à apresentadora Oprah Winfrey, o ator revelou que precisou de terapia para superar as consequências dessa abordagem durante a produção.

"Para conseguir lidar com esse tipo de dor, raiva e, hum... todas essas emoções que o Erik representa, sendo negro aqui na América, consegui, de certa forma, colocar isso, sabe, em um personagem. Então, isso é algo que eu não levei de forma leviana. Eu simplesmente fiz o que sentia que precisava fazer, ou o que achava certo no momento, em cada passo do caminho."

Não havia um plano real, também não tinha um plano de fuga. Viver a cada dia era apenas entrar nesse espaço. E eu tentei permanecer lá o máximo que pude.

"Acho que estar nesse tipo de estado mental, esse real, intransigente... o tempo todo, meio que me pegou!", declarou o ator durante a entrevista com Oprah, que completou dizendo: "Fiquei um pouco deprimido."

Jordan ainda teve dificuldade para se readaptar após finalizar seu trabalho no filme, mas "desvendar" ajudou a reestruturar sua mente. Ele sentiu que teve dificuldades em aceitar o amor por causa do que se forçou a afastar em preparação para interpretar o personagem, mas o tempo e a terapia o ajudaram a sair da mentalidade “solitária” que desenvolveu com Killmonger.

"Como homem, acho que temos muita resistência a isso... no geral, você sabe o que é ser masculino", diz Michael. "Eu realmente não concordo com isso, porque sinto que todo mundo precisa desfazer as malas e conversar, seja com um terapeuta, um amigo próximo ou membro da família."

Pantera Negra está disponível no Disney+.

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