Há mais de 50 anos, Clint Eastwood estreou na direção com Perversa Paixão e aprendeu com dois grandes cineastas.
Clint Eastwood alcançou fama como ator, mas não demoraria muito para que ele desse o salto para trás das câmeras: Em 1971, estreou na direção com o suspense psicológico Perversa Paixão – e até abriu mão de grande parte de seu salário para isso.
Antes do duas vezes vencedor do Oscar dirigir um filme pela primeira vez, ele teve a oportunidade de olhar por cima do ombro de vários grandes e talentosos diretores. Dois deles em particular tiveram uma grande influência sobre ele. Em entrevista ao The Guardian, Eastwood falou sobre o início de sua carreira de diretor e suas inspirações:
Foi assim que começou a carreira de diretor de Clint Eastwood
"Sempre fui fascinado por dirigir e editar filmes", disse o vencedor do Oscar por Os Imperdoáveis e Menina de Ouro. "E quando estávamos fazendo Rawhide [uma série de faroeste que Clint Eastwood estrelou entre 1959 e 1965], eu estava constantemente nas salas de edição […] Não tive permissão para dirigir a série em si, mas dirigi os trailers".
"Depois fui para a Itália e filmei com Sergio Leone, e filmar lá me fascinou. Mais tarde trabalhei com Don Siegel, que é um grande fã do meu trabalho como diretor. Ele achou que eu definitivamente deveria fazer isso por causa da minha curiosidade. Então ele me encorajou – e em 1970, quando eu tinha um roteiro que queria fazer, ele disse: 'Você deveria dirigi-lo e eu o apoiarei'".
A lendária trilogia dos Dólares de Sergio Leone fez de Clint Eastwood uma estrela global em meados dos anos 60, antes de sua colaboração com Siegel consolidar seu status como um ícone de Hollywood. Os cinco filmes que Eastwood fez com o diretor incluem o primeiro filme Perseguidor Implacável e o suspense Fuga de Alcatraz.
“Todo mundo me implorou para não fazer esse filme”: Clint Eastwood não deu ouvidos a ninguém e teve o maior sucesso de sua carreiraSergio Leone tinha a imaginação, Don Siegel o conhecimento
Clint Eastwood falou ao Guardian sobre os dois diretores, que tiveram um impacto particularmente significativo em sua carreira. Ele chama Leone de "muito imaginativo": "Ele era um homem adulto com a mentalidade de uma criança – uma qualidade muito útil. Ele tinha uma imaginação muito infantil e isso dava para ver nos filmes. Ele abordou as coisas em um estilo muito operístico. Ele tinha uma abordagem visual muito boa e um senso muito bom [...] para o uso de close-ups. Ele era um cara muito interessante".
Para Siegel, no entanto, Eastwood tem o maior elogio: "Don Siegel era mais um diretor de filmes B da velha escola. Ele fez alguns dos melhores filmes B da história: Vampiros de Almas e Rebelião no Presídio. Ele sabia como conseguir muito com pouco. Ele foi chefe de edição da Warner Bros. durante anos, então sabia mais sobre filmes do que qualquer pessoa que eu conhecia".
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