"Tenho que ter total liberdade criativa": Diretora de Back to Black fala sobre interferência na direção e relação com a família de Amy Winehouse (Entrevista)
Rafael Felizardo
-Redator | Crítico
Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

Sam Taylor-Johnson conversou com o AdoroCinema sobre o seu trabalho mais recente.

Mais recente cinebiografia a caminho dos cinemas brasileiros, Back to Black já é realidade. Nela, acompanhamos a jornada de vida da talentosa cantora, Amy Winehouse, construída através do protagonismo de Marisa Abela e da direção de Sam Taylor-Johnson.

Na trama, somos apresentados a um recorte intimista do âmbito pessoal e profissional de Winehouse - que morreu precocemente, aos 27 anos de idade, por intoxicação alcoólica, em 2011. Desde a adolescência até a fase adulta, sua conturbada caminhada é destrinchada, originada nos primeiros dias em Camden, rumo à produção de um álbum que marcou a história da música.

Durante uma entrevista com presença do AdoroCinema, Sam Taylor-Johnson não poupou palavras ao falar de sua obra, dando detalhes de bastidores que muitas das vezes não temos acesso. Quando perguntada se houve algum tipo de censura ou limitação externa ao contar a história de Amy, a cineasta negou de prontidão, afirmando da seguinte forma:

“Quando comecei a fazer o filme, disse aos produtores: ‘Tenho que ter total liberdade criativa. Não abro mão disso.’ Felizmente, tivemos todas as aprovações musicais da Universal e da Sony, mas o que eu queria, o que era importante para mim pessoalmente, era sentir que, você sabe, eu estava contando a história desses dois pais, da filha deles.”

Na conversa, Taylor-Johnson ainda expressou que ouvir a família da cantora durante a pré-produção foi um elemento importante, que representou respeito, mas que a palavra final em termos de construção de enredo sempre foi sua.

“Foi importante para mim ter total liberdade criativa, sabe? Foi importante, por exemplo, nesse aspecto, ser respeitosa e ouvir todas as histórias, encontrar-se com o maior número de pessoas possível [família e amigos]. E então, abaixar a cabeça e trabalhar, contar a história que eu escolho contar, sem interferência, sem ‘você está fazendo isso errado’ ou ‘isso não está certo’. Você tem que realmente acreditar que depois de fazer toda a pesquisa, ouvir todas as histórias, que a história que você vai contar é a certa. A voz da Amy era a coisa mais importante para mim”, colocou.

Distribuído no Brasil pela Universal Pictures, Back to Black estreia nos cinemas nacionais nesta quinta-feira (16).

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