Críticas AdoroCinema
2,0
Fraco
Invasão a Londres

Quero ser Duro de Matar

por Lucas Salgado

Invasão a Casa Branca chegou aos cinemas em 2013 e ficou marcado como um dos dois filmes em cartaz naquele ano a mostrar a destruição da Casa Branca (o outro foi O Ataque, de Roland Emmerich). Esta coincidência foi a única coisa a chamar a atenção com relação ao longa, afinal não era nada além que ordinário. Ainda assim, faturou US$ 161 milhões mundialmente e garantiu a realização de uma continuação.

Agora, Invasão a Londres chega às telonas. O filme se passa poucos anos após a ação do original. A morte do Primeiro-Ministro britânico faz com que o Presidente Benjamin Asher (Aaron Eckhart) agende uma visita às pressas a Londres, para comparecer ao funeral. Responsáveis pela segurança do político, Mike Banning (Gerard Butler) e Lynn Jacobs (Angela Bassett) não gostam da surpresa, mas acompanham o Presidente na viagem.

Acontece que tudo não passava de um plano para atrair políticos importante para a capital britânica e uma série de atentados atinge a cidade. Benjamin e Mike lutam para sobreviver e são caçados por terroristas que sonham em capturar o Presidente dos Estados Unidos para sacrificá-lo ao vivo na internet.

As situações são absurdas e os efeitos especiais não chamam muito a atenção. Assim como o primeiro, é mais uma tentativa de criar um novo Duro de Matar, mas sem o carisma de John McClane. Também prejudica o fato do filme não ter um vilão eficiente. Não há aquela figura ameaçadora que faz frente ao herói. Tudo é previsível.

London Has Fallen (no original) tem bons momentos de ação e algumas frases de efeito que funcionariam muito bem nos filmes do gênero dos anos 80. Pode ser uma boa Sessão da Tarde para um dia chuvoso, mas não oferece muito ao espectador além de clichês e mais clichês.

Na verdade, oferece sim. Oferece alguns dos piores diálogos dos últimos tempos. Um personagem diz, "Eu te amo". O outro responde, "É bom mesmo". Em outra cena, um sujeito fala, "Um grande dia à frente". E recebe como resposta, "Correção: um mega dia". Quase William Shakespeare

Retratando os políticos estrangeiros da forma mais caricata possível - temos o francês arrogante, o italiano com amante etc -, o filme ainda é errado do ponto de vista político. No início, ameaça uma crítica à política de drones do exército americano, mas muda completamente de posição ao final da obra.

Do elenco, destaca-se o fato de oscarizados como Morgan FreemanMelissa Leo aceitarem papéis tão insignificantes. Isso sem falar em Robert ForsterJackie Earle HaleyRadha Mitchell, que mal abrem a boca.