Tema esgotado
por Lucas SalgadoO Escorpião de Jade, Scoop - O Grande Furo e agora este Magia ao Luar. Três filmes recentes de Woody Allen que possuem duas principais coisas em comum: 1) Trazem uma história envolvendo mágica ou ilusionismo; e 2) Estão entre os filmes mais fracos deste grande diretor.
A máxima-clichê de que um filme ruim de Woody Allen é melhor que os filmes médios da maioria dos cineastas continua valendo, mas não pode ser perder de vista um fato: estamos diante de um filme ruim de Woody Allen.
Com um roteiro preguiçoso e pouco inspirado, Magia ao Luar é salvo pelas performances carismáticas de seus dois protagonistas: Colin Firth e Emma Stone. Apesar da narrativa ser previsível e sem grandes pontos altos, o espectador se verá torcendo pelos personagens e interessado em suas histórias.
Vencedor do Oscar por O Discurso do Rei, Firth interpreta Stanley, um sujeito frio que passa parte do tempo trabalhando como um mágico chinês e outra parte desmascarando charlatões. Ele é informado por um amigo (vivido por Simon McBurney) sobre uma jovem que está passando um tempo com uma rica família no interior da França e que estaria enganando as pessoas se passando por uma médium.
Cético ao máximo, Stanley decide desmascarar a garota. No entanto, ao chegar a casa da família, ele se depara com uma série de situações que o obrigam a reconhecer certo talento por parte dela.
Stone interpreta Sophie, a tal médium que acaba entrando na vida do personagem de Firth. A atriz é muito charmosa e possui uma delicadeza que atraí não apenas ao protagonista, mas também ao público. Magias à parte, não é difícil imaginar alguém se apaixonar pela atriz e sua personagem.
A trilha sonora, os diálogos ácidos e repletos de sarcasmo, os belos cenários... Tudo remete ao cinema de Allen. Mas é inegável que estamos diante de uma obra menor, sem grande ousadia ou momentos inesquecíveis.
Magic in the Moonlight (no original) teria dificuldades para entrar no top 30 de Woody Allen. Pode até divertir em um momento ou outro, mas provavelmente será esquecido. Em breve.