Agora sim!
por Lucas SalgadoG.I. Joe - Retaliação é tudo que G.I. Joe - A Origem de Cobra queria ser e não conseguiu. Tem humor, efeitos de qualidade, boas cenas de ação, frases de efeito e atores que botam para quebrar em cena. Se os fãs dos clássicos brinquedos Comandos em Ação se depararam com um péssimo longa em 2009, o mesmo não acontece agora.
O original se preocupava muito em criar uma ação a partir de efeitos especiais e armas mirabolantes, perdendo de vista que o que os fãs queriam era qualidade e entretenimento. O que veio com o segundo filme, que é bem mais old school.
Para salvar a franquia, os produtores convocaram dois astros do cinema de ação: Dwayne Johnson e Bruce Willis. A dupla bota para quebrar em cena, sendo que The Rock é o grande destaque da produção. Ele está confortável no papel e parece se divertir em suas sequências. Convenhamos que bater de frente com Johnson ou Willis é bem mais assustador do que com Marlon Wayans, que vive Ripcord no primeiro longa.
A trama começa quase no mesmo momento em que o anterior termina. O grupo Cobra conseguiu invadir a Casa Branca, enquanto Duke Hauser (Channing Tatum) passa seus dias liderando os Joes em missões pelo mundo.
Em uma dessas missões, o grupo é atacado covardemente e quase todos os comandos acabam exterminados. Cabe aos poucos que sobraram, dentre eles Roadblock (Dwayne Johnson), Snake Eyes (Ray Park) e Lady Jane (Adrianne Palicki), organizar um contra-ataque e salvar o planeta.
G.I. Joe 2 conta com planos mirabolantes e uma série de clichês de filmes de super vilões e heróis. A vantagem é que tais elementos são usados em prol do entretenimento. Conhecido pelo trabalho em Ela Dança, Eu Danço 2, Ela Dança, Eu Danço 3 e Justin Bieber: Never Say Never, o diretor Jon M. Chu se sai bem na primeira experiência no mundo da ação.
O longa conta com ótimos efeitos especiais e com uma trilha sonora padrão em produções do gênero. Ao final, consegue seu objetivo principal de divertir sem grandes furos no roteiro ou problemas narrativos.