Críticas AdoroCinema
2,0
Fraco
Os Estranhos - Caçada Noturna

Reboot precoce

por Lucas Salgado

Lançado em 2008, Os Estranhos é um tenso filme de terror/suspense estrelado por Liv Tyler e Scott Speedman. Não é brilhante, mas conta com bons momentos e produz bons sustos. Agora, dez anos depois, Os Estranhos - Caçada Noturna, que não é bem uma continuação, mas sim uma espécie de reboot. A ideia é a mesma, mas agora temos uma família e não apenas um casal.

Cindy (Christina Hendricks) e Mike (Martin Henderson) formam um casal que embarcam em uma viagem com os dois filhos, Kinsey (Bailee Madison) e Luke (Lewis Pullman). Eles estão prestes a colocar a garota em um internato e veem esta última viagem como uma forma de passarem um tempo bom em família e tentarem entender os problemas vividos pela jovem. No meio da caminho, eles param em um acampamento de trailers administrados pelo tio de Cindy. Eles encontram o espaço completamente deserto e vão direto para o trailer separado. Até que uma batida na porta muda toda a rotina que eles esperavam para a noite.

A família passa a ser atormentada por um grupo de pessoas usando máscaras macabras, e de tendência bem brutais. Como boa parte dos filmes do gênero, o desenvolvimento da trama depende mais dos erros dos protagonistas do que por qualquer talento especial dos vilões. Neste sentido, é impossível não se irritar com algumas das atitudes dos personagens principais, que vão desde a se separarem a ficarem de costas para um vilão que você sabe que está ali.

Os Estranhos - Caçada Noturna é previsível, desinteressante e força o susto a qualquer custo. Um ou outro pode até pegar, mas na maioria das vezes o espectador vai permanecer inerte. O elenco também não ajuda. Hendricks nem de perto mostra o talento que a fez se destacar em Mad Men. Já Henderson, que recentemente esteve em Grey's Anatomy, está super canastrão no papel do chefe de família. Curiosamente, o elenco jovem está melhor que os veteranos. Não que cheguem a chamar a atenção também.

Responsável pelo fraco Medo ProfundoJohannes Roberts volta a não convencer como diretor. Tudo é muito convencional, não há nenhum diferencial aparente.

Mais uma vez, Hollywood demonstra uma completa falta de originalidade ao buscar uma espécie de refilmagem ou reimaginação de um filme que nem era tão brilhante assim. Vão em busca do dinheiro fácil. Às vezes, funciona. Mas aqui, definitivamente, não é o caso.