Críticas AdoroCinema
3,0
Legal
Rota de Fuga

Boa química em cena

por Lucas Salgado

Amigos de longa data e sócios no tradicional restaurante Planet Hollywood, Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger levaram muito tempo para atuarem lado a lado. A primeira vez foi em Os Mercenários (2010) e pelo visto eles gostaram de trabalhar juntos, afinal desde então já realizaram Os Mercenários 2 (2012) e Rota de Fuga (2013). Isso sem falar no ainda inédito Os Mercenários 3 (2014).

Rota de Fuga foi o primeiro longa em que Arnie e Sly coestrelaram, afinal a trilogia The Expendables conta com vários atores e não só sobre dois protagonistas. E a dupla se sai muito bem, conseguindo transformar um roteiro bobo repleto de clichês em uma produção bem divertida e, de certa forma, intrigante.

Ray Breslin (Stallone) é uma grande autoridade em segurança, especialista em escapar de presídios. Ele se passa por um preso e tenta fugir do local, para depois reportar para as pessoas responsáveis quais as principais falhas de segurança. Determinado dia, ele é chamado por uma misteriosa agente da CIA para se "h

ospedar" em um novo modelo de prisão que eles criaram, com o objetivo de testar o local.

Os parceiros Hush (50 Cent) e Abigail (Amy Ryan) não gostam nem um pouco da ideia, mas Ray é convencido pelo sócio Lester (Vincent D'Onofrio) e por sua própria vontade de superar mais este desafio. Ao chegar na prisão, Ray vê que não foi uma boa ideia, mas aí já era tarde demais. Ele enfrenta o diretor vivido por Jim Caviezel e desagrado o guarda interpretado por Vinnie Jones, ao mesmo tempo em que busca o apoio do médico local (Sam Neill).

Schwarzenegger vive um prisioneiro que vai ajudar Ray a se virar e acabará fazendo parte do elaborado plano de fuga. Responsável pelos fracos O RitualFora de Rumo1408, Mikael Hafstrom tem aqui seu melhor trabalho como diretor, o que não quer dizer muito.

O roteiro de Miles Chapman e Jason Keller é basicamente um apanhado de clichês. Stallone é o cara que vê além dos demais, Arnold é o sujeito enigmático, o médico é o que tem compaixão e o diretor é o durão com interesse exótico (borboletas). Apesar disso, é difícil não se empolgar ao vermos uma luta entre os dois protagonistas, com Schwarzenegger dizendo para Sly que ele bate como um vegetariano.

Passando batido pelos métodos de tortura e as prisões secretas da CIA, Escape Plan é basicamente um filme sobre uma fuga. E, neste sentido, a simplicidade serve como algo positivo. Não é um longa que pretende mudar o mundo ou mesmo a forma como se fazem thrillers de ação, mas é que muito bem sucedido em divertir.