1. Vamos Todos a Acapulco
"Vacaciones en Acapulco"
Estreia: 30 de maio e 6 e 13 de junho de 1977.
A saga de Acapulco é a mais mítica de todo universo Chaves. Pois é, pois é, pois é! Em primeiro lugar, por suas curiosidades, como a confusão feita por uma dublagem brasileira feita em anos distintos que substitui Acapulco por Guarujá (?!); depois, pela ideia ter nascido como e ser uma estratégia de marketing da Televisa, a divulgar um parceiro de conglomerado, o hotel Acapulco Continental onde o episódio é rodado; por fim (para ficar apenas nos três fatos mais relevantes), por toda a lenda de que a canção final marcaria a despedida de Carlos Villagrán, o Quico, da série.
Além disso, é claro, a saga de Acapulco em si é brilhante!
A regularidade da trilogia é um de seus destaques, com o caráter lúdico característico de Roberto Bolaños latente desde a sua primeira parte. No trecho em questão, o Professor Girafales procura Seu Madruga para questioná-lo sobre a procedência de um produto para polir prata que encontrou com a Chiquinha. Logo fica esclarecido que a menina não roubou a lata, e sim a comprou com os 20 mangos que sumiram da gaveta do Seu Madruga, para poder participar do sorteio de uma viagem para Acapulco. A fé da Chiquinha é comovente, e leva o público a torcer intransigentemente para que ela e seu pai sejam agraciados com o prêmio. Tudo dá certo! Dona Clotilde lhes empresta as malas, aproveitando a oportunidade para viajar com o seu amado; Dona Florinda é convencida por Quico a também partir para o litoral; Professor Girafales resolve acompanhá-los; e, por fim, o Sr. Barriga se depara com a vila vazia e, a exemplo do episódio "Vamos ao Cinema", carrega o solitário Chaves consigo. Então, os farofeiros (alcunha que deu às partes 2 e 3 no Brasil) seguem rumo à paradisíaca Acapulco e aproveitam as férias da maneira atrapalhada que lhes é peculiar.
Momento marcante:
Tudo em Acapulco é marcante! Mesmo o Professor Girafales, personagem de menor destaque na série, dispara uma frase clássica, ainda na vila: "Somente uma vez eu me enganei. Uma vez que eu pensei estar enganado!". Em Acapulco, há a zombaria dos trajes de banho; a competição de saltos na água; a marca de sol no rosto do Quico, que, apesar dos muitos equipamentos, se afoga (no raso!); os personagens enterrados na areia; os homens da vila se exibindo para uma bela mulher de biquini; etc. Descendo do muro, um momento que eu escolheria como o mais marcante (e não exatamente o melhor ou predileto) seria a terna e melancólica canção final, "Boa Noite Vizinhança".