Primeira parceria entre Lucasfilm e Disney após a venda da primeira para a segunda no final de 2012, Star Wars Rebels vem para ocupar o espaço deixado pela cancelada Star Wars: The Clone Wars. A nova série animada segue o espírito da trilogia original, buscando agradar aos fãs mais velhos.
Mas a verdade é que o foco da produção está nos novos fãs. Se os mais velhos podem gostar de encontrar personagens e naves clássicas, além da trilha sonora e do design de som, a trama é voltada mais para crianças.
No primeiro episódio, passado 15 anos após Star Wars: Episódio 3 - A Vingança dos Sith (2005) e quatro anos antes de Guerra nas Estrelas (1977), acompanhamos Ezra, um jovem de 14 anos que vive aplicando golpes e pequenos roubos. Determinado dia, ele vê um grupo de rebeldes assaltando caixas protegidas pelos stormtroopers. Ele decide pegar uma das caixas e acaba perseguido pelos rebeldes, que por sua vez são perseguidos pelos soldados imperiais. Ezra acaba se reunindo aos rebeldes, para desespero do grupo, que tem importantes missões pela frente.
A turma é formada Kanan, Zeb, Hera e Sabine. O primeiro é um raro jedi sobrevivente, que verá em Ezra um potencial aprendiz. A cena em que Kanan revela ser um jedi é empolgante, mas o público mais adulto se irritará um pouco com soluções simples e personagens bem infantis. Demonstrando claramente o interesse pelo público mais jovem, o filme coloca um estilingue como arma principal de Ezra e ainda insere um menino wookie para ser salvo em determinada cena.
A animação segue o padrão de The Clone Wars, num estilo mais próximo dos quadrinhos e dos mangás do que da animação digital do cinema dos últimos anos. Por sinal, quem está acostumado com a animação de animais peludos em filmes como Monstros S.A. vai ficar desesperado com o quão feio são os wookies.
Chamado A Fagulha de uma Rebelião, o primeiro episódio é divertidinho. Agora é ver se a série evolui com o tempo na medida que os personagens sejam melhor desenvolvidos.