Em 2004, Friends chegava em seu último ano de exibição. Ao longo de suas dez temporadas, acompanhamos um grupo de amigos se reunindo em um café para contar suas desventuras amorosas, profissionais e familiares. No mesmo ano, uma nova série surgiu, com uma dinâmica semelhante, mas ainda melhor por ser mais inclusiva e, assim como a aclamada criação de David Crane e Marta Kauffman, marcar a história da televisão.
Estamos falando de The L Word. Criada por Ilene Chaiken e Kathy Greenberg, a série é centrada em um grupo de mulheres lésbicas e bissexuais que vivem em Los Angeles. Tudo começa com Jenny (Mia Kirshner), uma jovem que vai morar com o namorado Tim (Eric Mabius) e, no novo bairro, sua vida tem uma virada quando ela começa a se interessar pela rotina de suas vizinhas Bette (Jennifer Beals) e Tina (Laurel Holloman), um casal prestes a começar uma família e que a inclui em seu ciclo de amizade.
Outras amigas de Bette e Tina incluem Dana (Erin Daniels), uma jogadora de tênis profissional, Alice (Leisha Hailey), uma jornalista, Shane (Katherine Moennig), cabeleireira incapaz de ficar com apenas uma mulher, e Kit (Pam Grier), meia-irmã de Bette que luta contra o alcoolismo. Um dia, em uma festa, Jenny conhece Marina (Karina Lombard), a dona de uma cafeteria local, e de repente seu impulso a faz começar a questionar a própria sexualidade.
A cafeteria de Marina se torna o centro de todos os papos sobre a vida deste grupo de amigas e, a partir dela, a disruptiva série nos apresenta as particularidades e experiências de cada uma das personagens que, apesar de compartilharem a sexualidade como um ponto em comum, estão em diferentes momentos da vida.
Em seu ano de lançamento, The L Word foi renovada para a segunda temporada apenas um dia após a exibição do episódio piloto, devido ao número inesperadamente grande de espectadores na época. Já o anúncio da terceira parcela veio antes mesmo de a segunda ser exibida.
A série até hoje rende frutos, tendo ganhado o spin-off The L Word: Generation Q, um reality-show para chamar de seu (The Real L Word), o documentário L Word Mississippi: Hate the Sin, e até mesmo o reboot The L Word: New York, recentemente anunciado.