Por Francisco Russo
Chegou ao fim no último domingo, 19 de fevereiro, o 62º Festival de Berlim. O grande vencedor foi o italiano Cesare Deve Morire, dos irmãos Paolo e Vittorio Taviani (foto), que ganhou o Urso de Ouro.
Rodado inteiramente em um presídio de segurança máxima em Roma, o longa-metragem é um semidocumentário onde assassinos e integrantes da máfia interpretam a peça teatral "Júlio César", de William Shakespeare. A vitória foi muito festejada na Itália, que não ganhava o prêmio máximo no Festival de Berlim desde 1991, quando La Casa del Sorriso, de Marco Ferreri, venceu o Urso de Ouro.
O Grande Prêmio do Júri, espécie de segundo colocado na hierarquia das premiações, ficou com o húngaro Just the Wind. Christian Petzold ficou com o Urso de Prata de melhor diretor, pelo alemão Barbara.
Cesare Deve Morire
Entre as atuações, os prêmios foram entregues a Mikkel Boe Foldgaard (A Royal Affair) e Rachel Mwanza (War Witch). A Royal Affair também faturou o Urso de Prata de melhor roteiro, enquanto que o de Contribuição Artística foi entregue a Lutz Reitemeier, pela fotografia de White Deer Plain.
Dois outros filmes receberam prêmios especiais. Tabu, coprodução entre Brasil, Portugal, Alemanha e França, ganhou o Prêmio Alfred Bauer, enquanto que L'Enfant d'en Haut recebeu o prêmio especial.