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    5 filmes que definiram o cinema brasileiro como o conhecemos

    Muito antes de O Auto da Compadecida, Cidade de Deus e Tropa de Elite, os filmes brasileiros já eram um retrato de sua época.

    Sabia que o cinema tem 125 anos? Um jovem, quando comparado a fatos históricos que estudamos na escola, como Revolução Francesa ou Colonialismo, não é mesmo? Nesse tempo, muitas histórias foram contadas com “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, como certa vez disse o cineasta Glauber Rocha.

    5 filmes brasileiros que fizeram sucesso internacionalmente

    A frase até hoje é considerada lema do Cinema Novo, movimento que surgiu nos anos 1950 nas ruas do Rio de Janeiro, inspirado pelo Neorrealismo Italiano e pela Nouvelle Vague. A partir dele, nasceram alguns dos filmes brasileiros mais importantes da história, entre eles, Vidas SecasDeus e O Diabo na Terra do SolTerra em Transe e Macunaíma. Tais produções até hoje influenciam obras nacionais, como Central do BrasilCidade de Deus e Bacurau, todos premiados internacionalmente. Vale lembrar que o aplicativo de filmes do Telecine oferece os 30 primeiros dias gratuitamente para novos assinantes.

    Telecine exibe especial sobre o Cinema Novo

    Para celebrar o Cinema Novo Brasileiro, o Telecine está realizando a mostra Festival 125 anos de Cinema, com conteúdos disponíveis na plataforma de streaming e também exibições no canal Telecine Cult no domingo, dia 25 de abril.

    Confira, abaixo, os filmes brasileiros que definiram o cinema nacional como o conhecemos. Eles podem ser vistos no streaming do Telecine e fazem parte da programação do Festival 125 anos de Cinema - Cinema Novo Brasileiro no Telecine Cult.

    Vidas Secas

    Considerado a primeira fase do Cinema Novo, Vidas Secas quebrou a ideia do que era o cinema brasileiro anteriormente, trazendo um baixo orçamento, filmagens em locações e muito senso crítico. Inspirado no livro homônimo de Graciliano Ramos, e dirigido e roteirizado por Nelson Pereira dos Santos, a produção acompanha uma família que tenta escapar da seca no sertão nordestino, enquanto sobrevivem às forças da natureza e à crueldade dos homens. Lançado um ano antes do golpe militar de 1964, Vidas Secas mostra a realidade do nordeste brasileiro, miserável e violento, poucas vezes representado nas telas. O filme inclusive sofreu censura, não antes de ser enviado para exibição no Festival de Cannes, onde representou o Brasil e foi premiado.

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    Deus e o Diabo na Terra do Sol

    Deus e o Diabo na Terra do Sol, dirigido por Glauber Rocha, também representou o Brasil no Festival de Cannes, no mesmo ano que Vidas Secas. O Cinema Novo brasileiro finalmente estava sendo apresentado para o mundo. Inspirado nas populares histórias nordestinas conhecidas como literatura de cordel e criticando os mitos do cangaço, Deus e o Diabo na Terra do Sol segue um vaqueiro se revolta contra a exploração imposta por um coronel, se torna foragido da polícia, se une a um grupo liderado por um fanático religioso e depois integra um bando de cangaceiros.

    Terra em Transe

    Com o Brasil enfrentando os primeiros anos da ditadura militar, Glauber Rocha lança Terra em Transe em 1967, produção que firmou o cineasta como um dos principais diretores do Cinema Novo. O movimento agora passa a focar também em problemas urbanos. Premiado no Festival de Cannes, o filme aprofundou o reflexo da situação do país, fazendo alegorias com as figuras envolvidas na disputa de poder. Terra em Transe é ambientada no fictício Eldorado, um país localizado na América do Sul. Em uma conjuntura pré-revolucionária, um senador que detesta seu povo quer ser imperador de Eldorado, porém, entra em confronto com outras pessoas que querem este poder.

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    Macunaíma

    Macunaíma marca o terceiro momento do Cinema Novo, trata-se de um filme espetáculo cuja estética e teor político buscam a aprovação popular. Inspirado no livro de Mário de Andrade e dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, a produção segue um anti-herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Explorando elementos do Tropicalismo, o filme conta a jornada de Macunaíma (Grande Otelo/Paulo José): nasceu na selva; de preto, virou branco; deixou o sertão para a cidade, onde enfrenta vilões milionários, policiais e personagens de todos os tipos.

    Central do Brasil

    Central do Brasil tanto foi inspirado pelo Cinema Novo quanto uma ruptura em relação ao movimento. Dirigido por Walter Salles, o filme marcou uma retomada do realismo, para mostrar “a verdadeira face do Brasil”, o apelo cotidiano e longe de estereótipos, conforme destacou o pesquisador e crítico Fernando Brito. Na trama, Dora trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, e resolve ajudar um menino a encontrar o pai que nunca conheceu, após ele perder a mãe. Rendeu duas indicações ao Oscar: de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz para Fernanda Montenegro (infelizmente, esnobada).

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    Confira a programação completa do Festival 125 anos de Cinema - Cinema Novo Brasileiro no Telecine Cult no domingo, dia 25 de abril:

    10:35 - Rio, 40 Graus

    12:25 - Rio, Zona Norte

    14:00 - Vidas Secas

    15:55 - Macunaíma

    17:50 - Terra em Transe

    19:50 - Deus e o Diabo Na Terra do Sol

    22:00 - O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

    Todos os filmes citados estão no catálogo do Telecine. O Festival 125 anos de Cinema também está disponível no streaming para você aproveitar. ale lembrar que o aplicativo de filmes oferece os 30 primeiros dias gratuitamente para novos assinantes.

    *Publieditorial

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