A lei não é nova: desde setembro do ano passado, a ANCINE divulgou a instrução normativa 128/2016, obrigando as redes exibidoras de filmes a adaptarem suas sessões ao público com deficiência visual e auditiva.
Até 2020, todo o circuito deverá apresentar alternativas inclusivas para espectadores com deficiência, mas as transformações começam mais cedo: a partir de novembro deste ano, os grandes grupos exibidores deverão apresentar 50% das salas equipadas, enquanto os grupos menores apresentam prazo mais extenso.
Mas como adaptar a sessão sem prejudicar a experiência dos demais espectadores? As tecnologias necessárias são debatidas na Expocine, convenção destinada ao mercado de cinema. Entre as alternativas apresentadas estão aplicativos de celular que amplificam o som do filme, dispositivos nas poltronas fornecendo legendas em closed caption e óculos eletrônicos exibindo imagens do intérprete em libras.
Para as empresas presentes, os maiores desafios serão os altos custos das mudanças, o baixo apoio do governo federal à medida e a necessidade de ter acesso aos filmes com antecedência, algo particularmente difícil com grandes produções estrangeiras.
De acordo com os dados do IBGE, o Brasil conta com 7,2 milhões de deficientes visuais e 2,2 milhões de deficientes auditivos.