Minha conta
    Jared Leto revela que conviveu com psicopatas para viver o Coringa

    O ator explicou que se inspirou em pessoas reais para construir o personagem.

    Não é fácil vestir a pele de um dos vilões mais icônicos da cultura pop, e Jared Leto sabe disso. Entre performances imortais que vão de Jack Nicholson a Heath Ledger — este último agraciado com um Oscar póstumo por sua atuação em Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008), o Coringa já foi abordado no Cinema, na TV e nos quadrinhos de inúmeras formas diferentes, e coube a Leto e ao diretor David Ayer encontrar uma nova forma de dar vida ao vilão em Esquadrão Suicida.

    Em entrevista à Entertainment Weekly, Leto explicou como se preparou para o personagem, e revelou que chegou a conviver com psicopatas institucionalizados para imergir no universo do Coringa.

    Leto contou que, quando recebeu a proposta para ser o Coringa, ele sabia da responsabilidade que precisaria carregar: "Nós sabíamos que precisávamos surgir com algo novo. Já houve tantos trabalhos bons, e nós sabíamos que tínhamos que ir em outra direção. Então você tinha um direcionamento desde o início, sabendo que não poderia ir para aquele lado, então teria que ir para outro. Isso ajudou bastante. Mas o Coringa é fantástico porque não há regras. O Coringa opera por instinto."

    Todo o processo de criação e imersão no personagem construído pelo ator não é algo que ele fez sozinho. Leto revelou que recebeu bastante apoio de David Ayer para buscar sua inspiração não apenas nos materiais originais, mas fora: "David e eu conversamos e eu acho que ele confiou que eu sairia para experimentar, explorar e voltar com alguma coisa nova para nós continuarmos. E foi legal ter essa confiança dele. Ele realmente me deixou solto e me encorajou."

    Quanto às suas explorações e o que fez para se tornar o Coringa, Leto foi mais a fundo:

    "Ele se tornou uma pessoa real. Eu não sei se pessoa é a palavra certa. Acho que o Coringa vive entre a realidade e um outro plano. Meio que um xamã. É um personagem bastante envolvente. Você tem permissão para quebrar as regras e modificar a si mesmo e aos outros à sua volta de uma forma única.

    Eu comecei do começo, me educando, pesquisando, lendo o máximo que pude, voltei ao material de origem. E então em um certo ponto, eu sabia que eu tinha que parar de fazer aquilo. Porque o Coringa foi redefinido, reinventado muitas vezes antes. Eu acho que o divertido disso tudo é que quando as pessoas já fizeram isso no passado, tem um certo espírito da essência do Coringa que permanece nelas, mas eles acabam ou construindo algo novo ou deixando isso de lado para fazer um novo começo. Para mim, eu sabia que assim que terminasse de passar por todo o processo de me educar, eu tinha que jogar tudo fora e começar do início, realmente construir do chão. Foi um processo transformador. Houve transformação física. Houve condicionamento físico."

    Questionado sobre o que fez, especificamente, para entrar no personagem, Leto contou que buscou inspirações na vida real:

    "Fiz muitas coisas. Provavelmente, é melhor não entrar muito nisso, mas para o Coringa, violência é sinfonia. É uma pessoa que se vangloria pelo ato de violência e manipulação. Essas são as canções que ele canta. Ele está em sintonia com o que mexe com as pessoas. Eu encontrei alguns especialistas, médicos, psiquiatras que lidam com psicopatas, e pessoas que cometeram crimes horrendos, e então eu passei um tempo com essas pessoas, que foram institucionalizadas por grandes períodos de tempo. Eu acho que quando você assume um papel, qualquer papel, você se torna parte detetive, parte escritor, e para mim essa é a melhor parte de todo o processo; a descoberta, a construção de um personagem. É, é bem legal.”

    O comprometimento de Jared Leto com o personagem foi tão além que ele permaneceu na pele do Coringa durante todo o tempo nas gravações. E apesar de ter sido desafiador, o ator conta que foi divertido: "Ele tem um ótimo senso de humor, dependendo de quem você pergunta. (...) Eu sabia que deveria estar comprometido o máximo possível. Eu tinha que estar comprometido para além da própria crença. E eu fiz o que eu precisei fazer para dar o meu melhor. Havia muita coisa em jogo e eu queria fazer justiça a todo o trabalho que foi feito antes. Não é um trabalho de meio-periodo. É imersivo. Toma a sua vida e é o que eu tinha que fazer para mim. Outras pessoas podem aparecer e ser genias,i mas eu fiz o que eu tinha que fazer para entregar."

    O resultado final do trabalho de Jared Leto, David Ayer, Will Smith, Margot Robbie e cia chega aos cinemas em 4 de agosto. Felizmente, o dia está cada vez mais perto!

     

    facebook Tweet
    Links relacionados
    Back to Top