A Agência Nacional do Cinema (Ancine) entrou em um acordo com empresas exibidoras e distribuidoras para limitar o lançamento de um único filme a 35% das salas de cinema do Brasil. "O maior favorecido pela medida é o espectador brasileiro, pois a medida garante diversidade de títulos e preserva a liberdade de escolha do público", afirma comunicado oficial divulgado pela agência.
O acordo foi assinado por 23 empresas exibidoras e 6 distribuidoras brasileiras e a Ancine espera alcançar ainda mais adesões em breve.
O comunicado à imprensa ainda especifica quais serão os limites máximos de salas dedicadas a um só filme em cada complexo de exibição, de acordo com o número de salas disponíveis: "Nos complexos com 3 a 6 salas, um mesmo filme poderá ser exibido em até duas salas; nos complexos de 7 e 8 salas, o limite é de 2,5 salas; para os complexos que possuam entre 9 e 11 salas, um mesmo filme pode ocupar até 3 delas; em complexos de 12 a 14 salas, até 4 poderão ser ocupadas por um mesmo título; e os complexos entre 15 e 18 salas podem exibir um mesmo longa-metragem em até 5 de suas salas."
Para Manoel Rangel, diretor-presidente da Ancine, garantir a pluralidade de ofertas para o público é o objetivo primordial da medida: “Uma das grandes distorções deste mercado e dos megalançamentos é que por vezes, mesmo um filme ocupando cerca de 1.500 telas, como ocorreu este ano, ele não ocupava mais de 500 dos 750 pontos de exibição cinematográfica do país. Isto significa que 250 complexos ficavam ser ter acesso àquele titulo. Estamos falando de cidades do interior, de cinemas próximos de grandes áreas populacionais. Estamos falando de maiores dificuldades para um cidadão ter acesso ao filme que ele quer ver. Portanto a gente acredita que além da diversidade, essa medida pode induzir a uma maior capilaridade da projeção dos filmes".
Recentemente, o filme Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 ganhou o maior lançamento da história do circuito de cinemas do Brasil, despontando em cerca de 1400 salas do país (são 2765 no total), fato que não vai mais se repetir a partir do dia 1º de janeiro de 2015, data em que passa valer a medida da Ancine.