Imagine um casal de jovens namorados, em pleno amasso, desejando um ao outro amor eterno sem notar que ali, na prateleira, há um diabo no melhor estilo lâmpada maravilhosa, capaz de realizar todos os seus desejos. Resultado? O para sempre torna-se realidade, fazendo com que ela retorne do túmulo como zumbi. Tudo em nome do amor.
Esta insólita história é o tema central de Burying the Ex ("enterre a ex", em tradução literal), novo trabalho do diretor Joe Dante, o mesmo cara que divertiu multidões com Gremlins. A mistura de comédia com elementos do terror é explícita, não apenas pelos clichês do gênero mas também pelas homenagens que surgem aqui e ali, através de cartazes e cenas de clássicos vistas na TV. Para o cinéfilo de carteirinha, trata-se de uma diversão extra reconhecê-los (ou tentar identificá-los) em cena.
Outro ponto relevante é a escolha do elenco. Por mais que não sejam grandes atores, e o próprio filme não exija muito deles, o trio protagonista formado por Anton Yelchin (A Hora do Espanto), Alexandra Daddario (O Massacre da Serra Elétrica) e Ashley Greene (Crepúsculo) possui um currículo ligado ao fantástico. Trata-se de um pequeno detalhe, mas que demonstra o cuidado do diretor na confecção do longa-metragem.
Filme B assumido e sem medo de ser escrachado, Burying the Ex é uma bobagem divertida, com direito a boas sacadas nos diálogos. Filme para ver com a pipoca ao lado e curtir. Exibido fora de competição no Festival de Veneza, ainda não tem previsão de lançamento nos cinemas brasileiros.