O 6º Paulínia Film Festival terminou na noite deste domingo, 27, premiando A História da Eternidade, primeiro longa-metragem do pernambucano Camilo Cavalcante, com cinco troféus, incluindo o Menina de Ouro de Melhor Filme, pelo qual o diretor recebe a quantia de R$ 300 mil.
As outras categorias foram: Diretor, Ator (Irandhir Santos, pela terceira vez no mesmo festival) e Atriz (prêmio que foi diluído entre as três principais atrizes do filme, Marcélia Cartaxo, Zezita Matos e a estreante Debora Ingrid) e o Prêmio da Crítica (Júri Abraccine). De maneira poética – e tecnicamente muito bem cuidado –, o filme contra três histórias de amor num pequeno vilarejo do sertão nordestino.
Casa Grande, do carioca Fellipe Barbosa, levou o segundo maior número de prêmios, quatro, em categorias importantes como o prêmio especial do júri, roteiro, ator (Marcelo Novaes) e atriz coadjuvante (Clarissa Pinheiro). Já Boa Sorte foi o que mais agradou ao público, que contribuiu com mais de vinte mil votos. O longa de Carolina Jabor levou a melhor também na categoria de direção de arte.
Nas categorias técnicas, Sangue Azul ficou com os prêmios de Melhor Fotografia (Mauro Pinheiro Jr) e Figurino (Juliana Prysthon). O musical Sinfonia da Necrópole levou como Melhor Trilha Sonora; o documentário Aprendi a Jogar com Você, o prêmio de Montagem; e o docudrama Castanha, o de Som. Zebra (ao contrário), o longa Infância, de Domingos Oliveira, protagonizado por Fernanda Montenegro, saiu sem prêmio nenhum, bem como o fraco documentário Neblina.
"Foi um excelente safra", disse o presidente do júri oficial, Artur Xexeo, o que dificultou a decisão da equipe avaliadora, segundo ele.
Já o curta O Clube, do carioca Allan Ribeiro, levou a melhor no formato, com quatro estatuetas ao todo, incluindo Melhor Filme pelo júri oficial, popular e pela imprensa.
Apresentada pelos atores Caio Blat e Tainá Muller, a cerimônia de encerramento contou, ainda, com uma homenagem especial ao cineasta Carlos Diegues. "Quando dão esses prêmios, é sinal de que a gente está ficando velho. Mas vocês podem ficar tranquilos, que não voi pedir aposentadoria, nem cometer a gafe de morrer", brincou o bem-humorado diretor de Orfeu.
Confira a lista completa:
Filmes de longa-metragem
Melhor Filme: R$ 300.000: A HISTÓRIA DA ETERNIDADE, de Camilo Cavalcante
Melhor Direção: R$ 50.000: CAMILO CAVALCANTE, por A História da Eternidade
Melhor Ator: R$ 30.000: IRANDHIR SANTOS, por A História da Eternidade
Melhor Atriz: R$ 30.000: MARCÉLIA CARTAXO, ZEZITA MATOS E DEBORA INGRID, por A História da Eternidade
Melhor Ator coadjuvante: R$ 15.000: MARCELLO NOVAES, por Casa Grande
Melhor Atriz coadjuvante: R$ 15.000: CLARISSA PINHEIRO, por Casa Grande
Melhor Roteiro: R$ 15.000: FELLIPE BARBOSA E KAREN SZTAJNBERG, por Casa Grande
Melhor Fotografia: R$ 15.000: MAURO PINHEIRO JÚNIOR, por Sangue Azul
Melhor Montagem: R$ 15.000: EVA RANDOLPH, por Aprendi a Jogar com Você
Melhor Som: R$ 15.000: THIAGO BELLO por Castanha
Melhor Direção de arte: R$ 15.000: CLAUDIO AMARAL PEIXOTO, por Boa Sorte
Melhor Trilha Sonora: R$ 15.000: JULIANA ROJAS, MARCO DUTRA E RAMIRO MURILO, por Sinfonia da Necropole
Melhor Figurino : R$ 15.000: JULIANA PRYSTHON, por Sangue Azul
Especial Júri: R$ 100.000: FELLIPE BARBOSA, por Casa Grande
Filmes de curta-metragem
Melhor filme: R$ 30.000: O CLUBE, de Allan Ribeiro
Melhor Direção: R$ 20.000: ALLAN RIBEIRO, por O Clube
Melhor Roteiro: R$ 15.000: CAROLINA MARKOWICZ E FERNANDA SALLOUM, por Edifício Tatuapé Mahal
Especial Júri: R$ 20.000: O BOM COMPORTAMENTO, de Eva Randolph
Prêmio do Público
Melhor longa-metragem: R$ 50.000: BOA SORTE, de Carolina Jabor
Melhor curta-metragem : R$ 20.000: O CLUBE, de Allan Ribeiro
JÚRI ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema
Melhor longa-metragem: A HISTÓRIA DA ETERNIDADE, de Camilo Cavalcante
Melhor curta-metragem: O CLUBE, de Allan Ribeiro