por João Vitor Figueira
As negociações entre Sony Pictures e David Fincher não terminaram bem. O cineasta desistiu de dirigir a cinebiografia do empresário Steve Jobs após o estúdio não aceitar suas condições contratuais. O diretor norte-americano queria receber um salário de US$ 10 milhões (mais de R$ 22 milhões) para comandar o filme e ter o controle criativo da produção. No final de março, foi noticiado que o Fincher também queria que o ator Christian Bale ficasse com o papel principal.
A cinebiografia de Steve Jobs produzida pela Sony conta com roteiro escrito por Aaron Sorkin e produção executiva de Scott Rudin. Sorkin e Rudin já haviam trabalhado com Fincher em A Rede Social, drama sobre o processo de criação do Facebook que foi indicado ao Oscar de melhor filme e ganhou a estatueta de melhor roteiro adaptado.
De acordo com o site The Hollywood Reporter, uma fonte ligada ao estúdio afirmou que Fincher pode repensar suas exigências e buscar um novo acordo, mas que o cachê pedido pelo diretor foi "ridículo". "Ele não ia fazer Transformers. Ele não ia fazer Capitão América. Isto [o filme sobre Steve Jobs] é qualidade, não é esse cinema comercial gritante. Ele [Fincher] deveria ser recompensado com o sucesso".
O roteiro de Aaron Sorkin para o filme sobre Steve Jobs é baseado na biografia escrita por Walter Isaacson, que se tornou um livro campeão de vendas em países de todo o mundo. O filme promete apresentar um formato pouco convencional. Serão três cenas de 30 minutos retratando três momentos decisivos na carreira do gênio da informática: A criação do Mac, da empresa NeXT e do iPod.